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Luta dos trabalhadores da Hanon Systems dá resultados

Depois da greve realizada a 1 de Setembro e da marcação de nova greve para o dia 8, a empresa suspendeu, para já, a laboração ao sábado como dia normal de trabalho numa das linhas da fábrica. Trabalhadores prometem continuar a luta.

 Trabalhadores da Hanon Systems realizaram uma greve de uma hora no dia 1 de Setembro que causou forte impacto no normal funcionamento da laboração e produção da fábrica.
Créditos / youtube

Depois de ser desencadeado um processo de luta dos trabalhadores desta empresa de climatização para a indústria automóvel, localizada no parque industrial de Palmela, esta declarou que, para já, «todo o trabalho prestado ao sábado será pago em regime de trabalho suplementar», informa o Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI/CGTP-IN) num comunicado.

Os trabalhadores, que acabaram por suspender a greve marcada para o dia 8 de Setembro, decidiram no entanto «manter acções para o futuro, com novas greves», reivindicando o fim da determinação contratual que implica que o sábado possa vir a ser considerado como dia normal de trabalho para um conjunto de trabalhadores. Segundo o comunicado, estes defendem salário igual para trabalho igual e condições de trabalho iguais, «sem penosidade, com melhores condições de vida e de trabalho para todos».

Para o SIESI ficou «evidente que os trabalhadores não vão abdicar de lutar contra a alteração aos horários de trabalho que só visam aumentar a exploração e ameaçam o direito a conciliar o trabalho com a vida pessoal e familiar», acrescentando que também exigem «que os turnos sejam de 8h para todos e que o quarto turno não seja penalizado no seu vencimento, sendo «o turno mais penoso de todos e o mais mal pago».

O sindicato informou ainda que pedirá uma reunião a esta empresa que pertence a um grupo internacional de origem sul-coreana, reafirmando que «a postura da administração em não reunir para debater os vários assuntos é de desprezo total e de desinteresse pelos trabalhadores», acusando-a de «pretender dialogar apenas e exclusivamente com a Comissão de Trabalhadores», quando devia «dialogar com todos», ou seja, também com sindicatos.

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