Ainda há muito por fazer na Schindler Elevadores. As acções de luta sucedem-se, há vários anos, na empresa, num braço de ferro em que a empresa parece, por fim, começar a ceder. Para além das greves, os trabalhadores já entregaram, à administração, um abaixo-assinado com centenas de assinaturas, demonstrando a unidade e a combatividade da força laboral na empresa.
A Fiequimetal destaca a determinação dos trabalhadores da Schindler Elevadores para prosseguir a luta pelo aumento dos salários e por melhores condições de vida e trabalho. Depois da greve realizada a 22 e 23 de Dezembro, «neste início de ano, a administração deve mostrar que escutou a mensagem», defende a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas e Eléctricas (Fiequimetal/CGTP-IN) no seu portal. A paralisação de Dezembro, tal como o AbrilAbril assinalou, foi convocada devido à ausência de resposta patronal às propostas sindicais apresentadas. Tratou-se do segundo período de greve do ano, uma vez que, após a greve realizada a 8 de Julho – com grande adesão –, a administração «manteve a sua posição intransigente» nas reuniões que tiveram lugar em Setembro, Novembro e Dezembro. Tal como em Julho, no passado dia 22 de Dezembro a greve foi acompanhada por uma manifestação no centro Lisboa, refere a Federação, sublinhando que dezenas de trabalhadores, organizados nos sindicatos SITE Norte, SIESI, SITE Centro-Norte e SITE CSRA, levaram para as ruas «o descontentamento provocado pela falta de resposta patronal às exigências apresentadas». Nesse dia de greve, os trabalhadores da multinacional reuniram-se, de manhã, no Saldanha, seguindo dali em manifestação até ao Campo Pequeno, onde houve intervenções sindicais e de solidariedade com a luta. Entre outras reivindicações, os trabalhadores e as organizações que os representam reclamam a melhoria dos salários, a dois anos, com o objectivo de aumentar as remunerações mais baixas, alertando que, a curto prazo, os salários base serão absorvidos pelo salário mínimo nacional. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Administração da Schindler «deve escutar mensagem de luta»
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A Schindler aplicou aumentos salariais em 2022, no seguimento de greves nacionais realizadas pelos trabalhadores, embora os trabalhadores e os sindicatos ainda não os considerem suficientes.
A greve de dia 24 de Abril, que inclui a realização de uma concentração em frente à Câmara Municipal do Porto às 11h (a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, já confirmou a sua presença na acção) pretende exigir que a direcção da empresa apresente uma contraproposta para um justo aumento dos salários.
Os trabalhadores querem reduzir as discriminações salariais, «conforme proposta apresentada, nos próximos 2 anos», o fim da «avaliação de desempenho nos aumentos salariais», uma contraproposta para «negociar um regulamento de piquete a nível nacional» e o cumprimento da «decisão do Tribunal Europeu, Processo C266/14, sobre tempo de deslocação para quem não tem local fixo de trabalho», refere o Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI/CGTP-IN), em comunicado enviado ao AbrilAbril.
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