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Trabalhadores da Hanon Systems contra a desregulação dos horários

A multinacional Hanon Systems, segundo maior grupo mundial na área da climatização para a indústria automóvel, localizada no parque industrial de Palmela, também está a impor aos seus trabalhadores, como a Autoeuropa, o sábado como dia normal de trabalho. Trabalhadores convocam greve.

Trabalhadores da Hanon Systems marcam greve contra a desregulamentação do horário
Créditos / srar.com.br

Os trabalhadores da Hanon realizaram plenários na semana passada onde aprovaram uma resolução que demonstra o seu desagrado em relação «à alteração do horário de trabalho na linha A do VS14», e previsivelmente, noutras linhas. Acrescentam que tal implica «que os trabalhadores passem a laborar ao sábado como dia normal de trabalho, sem que aufiram gratificação em termos de trabalho suplementar», que é hoje pago a 100%.

Nestes plenários foram decididas acções de protesto: uma greve aos sábados, a partir de 26 de Agosto até ao final do ano; e uma greve de uma hora por semana em todos os turnos, começando já amanhã.

Os trabalhadores alertam para as «repercussões directas» para a sua vida que tem esta alteração, como «a desregulamentação do horário de trabalho, da vida familiar e social», o que agrava as condições de trabalho, «provocando mais acidentes de trabalho, intensificando a exploração e embaratecendo o trabalho».

Paula Sobral, dirigente do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI), informa que actualmente acontece uma situação de desigualdade na empresa –  alguns trabalhadores estão a receber o sábado como trabalho extraordinário e outros não.

Na resolução é demonstrado ainda o desagrado «pelo facto de os trabalhadores do quarto turno (01h às 08h) terem sido “pressionados” a assinar uma adenda reduzindo o seu vencimento», a pretexto da redução de meia hora no turno. A dirigente sindical revela que o sindicato foi informado de que há casos de trabalhadores a quem não está a ser cumprido os 2 dias de descanso para a mudança de turno.

A resolução conclui que «a empresa deverá reconsiderar e sentar-se à mesa com a Comissão Sindical do SIESI e/ou com os sindicatos afectos à CGTP-IN (SIESI e SITE SUL)», acrescentando que os trabalhadores estão disponíveis «para continuar, prolongar e até intensificar a luta».

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