Os recorrentes pedidos de desculpa que a administração do Metropolitano de Lisboa anuncia nos placards de informação das estações resultam, afirmam os trabalhadores, dos cortes impostos pelo último governo do PSD e do CDS.
«Há cinco anos que a empresa está proibida de contratar trabalhadores operacionais, e, em consequência disso, hoje faltam quase 50 maquinistas nos quadros, faltam outros tantos trabalhadores das estações e umas dezenas mais na manutenção das infraestruturas e do material circulante». A afirmação consta do comunicado distribuído hoje aos utentes.
No essencial, os trabalhadores imputam a responsabilidade à política imposta por Passos Coelho mas apontam o dedo ao actual Governo pelo facto de ainda não ter corrigido o problema. «Passados oito meses, não se contrataram os maquinistas em falta (e depois faltam os comboios tantas vezes), não se contrataram os trabalhadores necessários ao guarnecimento das estações e não se contrataram os trabalhadores necessários à manutenção dos comboios, da via e da infraestrutura», reconhecem. Em simultâneo, apontam a privatização da empresa como objectivo dos cortes.
O comunicado alerta sobre o facto de estarem parados e a aguardar reparação sete comboios que seriam suficientes, por exemplo, para colocar a linha verde com quatro carruagens, em vez das actuais três.
Posto isto, deixam um apelo aos utentes. «Da próxima vez que ouvir a administração do Metropolitano de Lisboa pedir-lhe desculpa porque a circulação está atrasada ou interrompida, reclame!»
Os trabalhadores indicam o email [email protected] e sugerem a mensagem: «não peçam mais desculpa, contratem os trabalhadores necessários!»
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui