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Novo Banco despede sem aviso

O Grupo Novo Banco, que tem desequilibrado as contas públicas graças às generosas injecções de dinheiro por parte do Estado, encerrou uma secção da empresa sem aviso prévio, deixando 18 pessoas sem trabalho. 

 

CréditosJosé Sena Goulão / Agência Lusa

A denúncia foi tornada pública pelo Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Financeira (Sintaf/CGTP-IN), que já pediu a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e do Ministério do Trabalho. 

Em causa está o despedimento de 17 trabalhadores da empresa GNB – Recuperação de Crédito e de um do Novo Banco. Segundo relata o sindicato numa nota, este grupo de trabalhadores foi ontem confrontado com o encerramento definitivo (lock-out) da empresa e com a transferência da actividade, «desconhecendo o seu destino». 

A decisão, aclara o Sintaf, apanhou os trabalhadores e delegados sindicais de surpresa, acrescentando que os 18 visados estão a ser pressionados para abdicarem do seu posto de trabalho. «Ainda no dia 1 de Julho, a partir das 14h30, os trabalhadores foram chamados para revogarem os seus contratos de trabalho», refere. 

Menos balcões e trabalhadores

O episódio dá continuidade ao chamado plano de reestruturação do Novo Banco, conforme acordo estabelecido com Bruxelas para a venda de 75% da instituição aos americanos da Lone Star.

Na curta vida do Novo Banco já foram eliminados 200 balcões e mais de 2400 trabalhadores, o que indicia que os planos do fundo abutre passam pela venda da instituição às fatias. Isto apesar dos 25% detidos pelo Fundo de Resolução, que não deixam as mãos livres à Lone Star e deveriam travar decisões como a que foi tomada ontem.

São já mais de sete mil milhões de euros injectados pelo Estado no Novo Banco, desde a resolução do BES de Ricardo Salgado, para acudir aos prejuízos recorde da instituição que chegou a ser designada por «banco bom», representando um risco para as contas públicas.

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