A companhia aérea British Airways prevê suprimir até 12 mil postos de trabalho devido à paralisação da actividade do sector causada pelo surto epidémico, anunciou ontem o grupo IAG.
Este grupo, que detém também as companhias aéreas Iberia e Vueling, explicou em comunicado ter tomado esta decisão tendo em conta que serão necessários vários anos para um «regresso à normalidade» do tráfego aéreo.
O IAG já tinha avisado que as reduções de pessoal eram «inevitáveis» devido à crise que paralisa o transporte aéreo. Recorde-se que no ano passado a empresa declarou um lucro somente no primeiro trimestre de 135 milhões de euros. Actualmente, a British Airways (BA) tem 42 mil trabalhadores.
Medidas «dolorosas» para os trabalhadores e «necessárias» para os accionistas
Também companhia aérea islandesa Icelandair anunciou ontem que vai prescindir de 2000 funcionários devido às «graves repercussões» do surto epidémico nos sectores da aviação e viagens.
«Para enfrentar a situação, o grupo Icelandair está a adoptar medidas importantes (...) incluindo uma redução considerável do número de funcionários e mudanças na sua organização», anunciou a companhia.
Os despedimentos anunciados atingem membros de tripulações, serviços de manutenção e operações em terra. O grupo, que empregava 4600 trabalhadores, informou ainda que a maioria dos que não forem despedidos ficará a tempo parcial e que mesmo os que continuam a tempo inteiro sofrerão reduções salariais.
O presidente executivo da companhia, Boris Nils Bogason, citado em comunicado, afirma que as medidas «são muito dolorosas, mas necessárias».
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