A CGTP-IN denunciou vários problemas relacionados com a situação laboral na fábrica SINAGA, em S. Miguel, nos Açores, nomeadamente sobre o pagamento do trabalho suplementar. Será lançado um pré-aviso de greve para meados de Agosto. A fábrica da SINAGA produz açúcar a partir da beterraba sacarina e, complementarmente, de ramas de açúcar.
O coordenador regional da Intersindical, Vítor Silva, informou à imprensa que os trabalhadores recebem horas suplementares como se fossem trabalhadores públicos - «12,5 euros na primeira hora, 18,75 euros na segunda hora»- mas em relação ao horário de trabalho «trabalham 40 horas, em vez das 35 horas dos funcionários públicos». Admitiu ainda se poder «recorrer aos tribunais em relação ao pagamento do trabalho suplementar».
Relativamente ao período de férias, os trabalhadores «têm os direitos do sector privado que é mais desfavorável, ou seja, a aplicação da legislação que tem sempre em conta a pior solução para os trabalhadores da SINAGA», concluiu.
O representante da CGTP-IN demonstrou-se também preocupado com o futuro da empresa e dos seus trabalhadores. «Queremos que nos seja dito se vamos ter uma remodelação das instalações existentes, se vamos ter uma nova fábrica e o que vai acontecer com os trabalhadores», que, segundo afirma, estão numa «situação instável», o que torna «difícil até do ponto de vista emocional e psicológico trabalhar na SINAGA».
Os sindicatos que representam os trabalhadores da SINAGA vão emitir um pré-aviso de greve «em relação ao trabalho suplementar na próxima laboração que irá ocorrer em meados de Agosto», divulgou Vítor Silva, no seguimento de um plenário e concentração que contou com a presença de cerca de 40 trabalhadores no dia 29 de Julho.
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