Em Janeiro foi realizado o primeiro pedido de reunião com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), vários ofícios foram entretanto enviados, e os trabalhadores já estiveram concentrados junto à CML, mas ainda não há resposta, informa o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN), filiado na Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN).
As estruturas sindicais procederam à inscrição para uma intervenção na reunião de Câmara realizada hoje, onde foi colocada a necessidade da realização da reunião, na qual pretendem discutir a integração da CarrisBus na Carris e o pagamento do que é devido aos trabalhadores da CarrisTur desde Fevereiro de 2016, relativo à actualização salarial definida no contrato colectivo de trabalho.
O sindicato informa ainda que no passado dia 18 realizou-se uma reunião com a administração da CarrisBus, onde, dada a ausência do administrador, «não foi possível aprofundar a discussão do processo de criação de um acordo de empresa».
A estrutura sindical afirma que a proposta entregue pela administração e da responsabilidade da CML «é inaceitável» tal como está, uma vez que «colocaria os trabalhadores em pior situação do que aquela que vivem hoje» – apesar de não terem qualquer instrumento de regulamentação colectiva que se lhes aplique.
Os trabalhadores da CarrisBus continuam com a greve aos segundos períodos de trabalho, inicialmente até ao dia 30 de Abril, mas que foi prolongada para o dia 14 de Maio.
Avanços na Carris, mas os trabalhadores deixam avisos
Na última reunião realizada com a administração da Carris, no passado dia 19, foram transmitidos objectivos que vão de encontro às exigências das estruturas sindicais, como a continuação da admissão de trabalhadores, a renovação da frota de veículos e a diminuição da carga horária.
No entanto, a Fectrans lembra que deve ser concluído o processo «de regresso de todos os trabalhadores da Carris, ainda em instalações de outras empresas», e que se deve terminar com «dependências hierárquicas de chefias externas à Carris».
A estrutura sindical defende ainda que «deve terminar a contratação de trabalhadores através de empresas de trabalho temporário», assim como «deve ser concluído o processo de revisão do acordo de empresa que contemple o aumento dos salários», que são os mesmos desde 2009.
A Fectrans atribui as «conquistas conseguidas nestes últimos meses» ao processo de pressão dos trabalhadores sobre o Governo.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui