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Protesto pela segurança nos comboios

Organizações sindicais do sector ferroviário subscreveram um pré-aviso de greve para o dia 30 de Novembro, que se concretizará caso venha a vigorar o novo Regulamento Geral de Segurança ferroviário, que permite que os comboios passem a funcionar com menos trabalhadores.

Na última greve de 12 de Março, só circularam os comboios previstos nos serviços mínimos
CréditosMário Cruz / Agência Lusa

O pré-aviso de greve para as empresas do sector ferroviário foi subscrito, entre várias organizações, pela Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) e pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF/CGTP-IN), para concretizar-se «caso se mantenha a decisão de entrada em vigor da nova regulamentação de segurança para o mês de Dezembro», afirmam num comunicado.

No texto do novo regulamento, da responsabilidade do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), e que teve o aval do actual Governo, segundo já tinha denunciado um comunicado do SNTSF no final de Outubro, mantém-se o conceito de «agente único», apesar «dos alertas feitos pelas organizações de trabalhadores». Tal implica que as empresas passem a ter uma «sustentação legal» para retirarem dos comboios de passageiros e mercadorias um trabalhador «que tem funções associadas à segurança ferroviária».

Com a possibilidade de redução de trabalhadores nos comboios de passageiros, neste caso operadores de revisão e venda, e nos comboios de mercadorias, os operadores de apoio, «as empresas reduzem postos de trabalho e reduzem custos à custa de quem trabalha», denunciava o sindicato.

A Fectrans o SNTSF defendem que «a regulamentação ferroviária garanta e amplie os padrões de segurança no transporte ferroviário, que obrigue todas as empresas de igual forma e que não reduza os trabalhadores ligados a funções de segurança de utentes e bens». Sublinham que «o governo não pode pensar nestas matérias apenas numa lógica de redução de custos, num sector que tem sofrido um forte desinvestimento nos últimos anos».

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