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Sete rios de protestos vão desaguar na «semana de luta» convocada pela CGTP-IN

Mudam-se os governos, mantêm-se as vontades: seja com PS ou PSD/CDS, os trabalhadores não vão abdicar das suas reivindicações. CGTP convoca semana de luta por «melhores salários e redução de horários» de 20 a 27 de Junho.

Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP-IN, numa concentração de trabalhadores da Izidoro, em frente à empresa, durante uma greve de 24 horas pela negociação de um contrato colectivo para o sector das carnes, fim da precariedade, progressão na carreira, por melhores condições de trabalho e aumentos salariais dignos, no Montijo, Setúbal. 26 de Abril de 2024 
CréditosAntonio Pedro Santos / Agência Lusa

Do Conselho Nacional da CGTP-IN, realizado no dia 20 de Maio, saiu uma orientação: «devemos estar unidos e organizados em torno das principais reivindicações da CGTP, a valorização geral dos salários (15%, ou um mínimo de 150 euros); o aumento do Salário Mínimo Nacional para os mil euros já este ano; a luta pela redução do horário de trabalho para as 35 horas; a luta contra a precarização e a precariedade nos locais de trabalho».

Nas empresas e nas ruas, a central sindical defende ainda a manutenção da luta por uma contratação colectiva efectiva em que o Governo deixe de utilizar aquilo que são os mecanismos que sucessivos governos lhes colocaram de bandeja para continuar com a chantagem e a ameaça».

E essa luta está bem viva. Na conferência de imprensa para apresentar as conclusões do órgão máximo da CGTP-IN (composto por 147 elementos de todo o país), Tiago Oliveira, secretário-geral, citou mais de uma dezena de casos, entre empresas municipais e privadas, de greves que se vão realizar até ao final do mês de Maio, caso da EMEL, da Valorsul, da Navigator, dos trabalhadores das Misericórdias (nacional) e dos trabalhadores das cantinas  e refeitórios (tambem esta de âmbito nacional).

Este processo reivindicativo vai desaguar na semana de luta que a CGTP convocou para a semana entre 20 e 27 de Junho: uma semana de «esclarecimento, acção e luta». Uma semana, explicou Tiago Oliveira, que tem o objectivo concreto de «em cada local de trabalho, em cada empresa, discutir com os trabalhadores aquilo que é o programa do Governo e o que é que o mesmo pretende», seja no ataque concreto que está, «preto no branco», no seu programa, relativamente às questões laborais, ou no que diz respeito aos serviços públicos.

«Uma semana de esclarecimento para discutir com os trabalhadores a necessidade de avançar com a luta por melhores condições de vida e trabalho mas, também, uma semana» em que a central sindical conta realizar dezenas de acções junto com os trabalhadores, «acções concretas pela valorização dos salários» e dos seus direitos.

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