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São cristalinas as razões da luta dos vidreiros da Marinha Grande

Com início na madrugada do dia 25 de Março, o sector vidreiro da Marinha Grande vai estar a braços com uma semana de greves que vão paralisar três empresas, com piquetes a funcionar em permanência.

Através desta acção de luta, que se prolongam até ao final da semana, os trabalhadores da indústria vidreira da Marinha Grande vão «exigir aumentos salariais mais elevados e dignos» explicou Fátima Messias, coordenadora da Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom/CGTP-IN), à Agência Lusa.

Para já, nesta semana, as greves vão afectar três empresas do Grupo Vidrala (a Santos Barosa, a Gallo Vidro e a Vidrala Logistics) «mas vamos ter mais, porque este ano as entidades patronais estão numa posição muito mais fechada do que em anos anteriores e não tiveram em conta as aspirações e as reivindicações dos trabalhadores».

A primeira greve vai ocorrer amanhã, dia 25 de Março, na Santos Barosa, com início às 5h da manhã, continuando a afectar os vários turnos até às 5h da manhã de dia 27. A 26 de Março começa a Gallo Vidro, também de madrugada, prolongando-se até 28. «São dois dias de greve para cada empresa e a última das empresas, a Vidrala, começa no final da semana e vai até à manhã do dia 29». Estas três empresas funcionam em laboração contínua, com três turnos diários (5h-13h/13h-21h/21h-5h).

Esta acção grevista era inevitável tendo em conta o clima de «conflitualidade laboral neste grupo e em todo o sector vidreiro também, porque as reivindicações dos trabalhadores são mais do que justas e as administrações tendem a 'fazer orelhas moucas'». A iniciativa destas greves partiu dos trabalhadores destas empresas, destacou Fátima Messias, que concertaram a acção com o seu sindicato da CGTP-IN.

Entre as várias reivindicações conta-se a exigência de um aumento salarial de 8% (120 euros), um subsídio de alimentação de 10,20 euros, um acréscimo ao subsídio de turno, as 35h semanais, os 25 dias de férias, um dia de folga no aniversário e a introdução de diuturnidades, no valor de 10 euros por cada 5 anos de trabalho.

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