O aumento do turismo e o passe social intermodal vieram trazer um grande aumento da procura nos transportes rodoviários, nomeadamente da Carris. Isto, naturalmente, provocou também um aumento dos lucros da empresa e que no ano passado estimou lucros de dois milhões de euros e para este ano estima lucros de 1,5 milhões.
Apesar deste indicador poder ser positivo, a pressão sob os trabalhadores tem aumentado bastante. Com um fluxo turístico praticamente anual, a Carris prevê que no presente ano irá chegar aos 14 milhões de passageiros, e isto coloca um grande nivel de exigência para quem trabalha.
Neste sentido, e antecipando um aumento brutal na procura durante a Jornada Mundial da Juventude, foi aberta uma negociação em torno do Acordo de Empresa de modo a aumentar o vencimento dos trabalhadores durante a realização do evento. Após uma interrupção das negociações, estas foram retomadas esta semana e a Carris fez a proposta de um «pagamento acrescido do preço hora de 10 € para as chefias e de 8 € para os trabalhadores do tráfego, da manutenção e do abastecimento, durante o referido período», segundo comunicado do STRUP.
Para o STRUP esta é a proposta da «galinha gorda para pouco dinheiro» uma vez que é, segundo a sua avaliação «insuficiente no valor, reduzida no tempo e discriminatória na sua aplicação» e defende assim «um aumento intercalar, na redução do horário de trabalho para as 7 horas diárias, na subida do subsídio de refeição e na melhoria de outros direito».
No dia 10 de Maio será a vez do sindicato apresentar as suas propostas, mas para além disso o seu comunicado apela ao desenvolvimento da luta dos trabalhadores.
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