A laborar no concelho da Madalena, a conserveira foi palco de uma concentração de trabalhadores que exigiram a clarificação do futuro da fábrica, uma acção promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores de Alimentação, Bebidas e Similares, Comércio, Escritórios e Serviços dos Açores e pela União dos Sindicatos da Horta, afectos à CGTP-IN.
«Fala-se que vai ser construída uma fábrica. Fala-se que vai ser reabilitada. Fala-se muito, mas do ponto de vista prático não se passa nada e a situação arrasta-se há muito tempo», declarou à imprensa Vítor Silva, dirigente do sindicato, acrescentando que os trabalhadores vivem «um momento de incerteza e preocupação» devido «à falta de respostas da administração da Cofaco e do próprio Governo Regional».
O dirigente sindical informou que a empresa emprega mais de 200 trabalhadores, a maioria mulheres, e sublinha o papel que tem na economia da ilha, resultando também num «número muito significativo de empregos indirectos».
«Há uma preocupação geral dos trabalhadores, mas também da sociedade picoense e isto ficou bem demonstrado com a presença da população, quer do Pico, mas até muita gente do Faial tendo em conta o que se passou com a fábrica daquela ilha, e as consequências que ainda hoje advêm do encerramento daquela empresa», apontou Vítor Silva.
A concentração contou com cerca de 150 pessoas e, caso não cheguem repostas, as estruturas sindicais colocam a hipótese de serem dinamizadas mais acções de protesto.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui