Nélson Leite, um dos trabalhadores do call center, em declarações à Lusa citadas pelo Dinheiro Vivo, fez o anúncio da greve no final do plenário, informando que os trabalhadores reivindicam «um aumento salarial de 4%, nunca inferior a 40 euros», para 2018, passando os salários a ser de 640 e 692 euros «conforme o escalão em que o trabalhador estiver inserido».
Estes trabalhadores, em situação de subcontratação, também exigem a sua vinculação à empresa, considerando que são «uma peça fundamental para o normal desenvolvimento da actividade da PT/MEO», afirmou Nélson Leite, acrescentando que é «incomportável» estes trabalhadores continuarem a ser subcontratados «quando suprem necessidades permanentes da empresa».
O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, esteve presente no plenário e afimou à Lusa que a situação «atinge milhares de funcionários da Manpower», alguns que trabalham «há 10, 15 anos para uma empresa, ocupando um posto permanente e a serem a voz todos os dias da PT/MEO em questões como reclamações ou informações que têm de prestar aos clientes», sublinhando que «o contrato de trabalho tem de ser assumido e feito pela PT/MEO».
Arménio Carlos também lembrou que os trabalhadores da Manpower «estão também a ser prejudicados com o que se passa em relação à Altice, cuja prática, desde o início, prepara um despedimento encapotado».
«Nos últimos tempos, a PT tem tomado medidas sistemáticas de violação da lei, questionando os direitos fundamentais dos trabalhadores e desrespeitando a lei do trabalho em Portugal, pelo que o Governo deve chamar a Altice para resolver o problema», concluiu o secretário-geral da Intersindical.
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