A greve, agendada para decorrer entre as 18h do dia 12 de Abril e o final do dia 13, foi decidida tendo em conta a falta de resposta por parte da Navigator às reivindicações dos trabalhadores, disse à agência Lusa José Paixão, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro Norte (SITE CN/CGTP-IN).
José Paixão recordou que foi desenvolvido um abaixo-assinado, que recolheu 652 assinaturas de trabalhadores do complexo da Figueira entre os dias 23 e 29 de Março, no qual se solicitava uma resposta da administração até 4 de Abril e se demonstrava a disponibilidade «para continuar a negociar e encontrar soluções para as reivindicações dos trabalhadores».
A resposta da empresa chegou ontem, afirmando que, da sua parte, «estava concluído o processo e que não havia mais vontade nenhuma em negociar», referiu o dirigente sindical.
O sindicato defende um aumento salarial de 1,7% e a empresa apresentou uma proposta de aumento variável, que vai dos 1,1 a 1,3%, e 0,7% para os quadros médios.
«Desde a primeira hora que impuseram a sua vontade. Obviamente que o acordo não foi possível», sublinhou José Paixão, recordando que as propostas são abaixo da inflação, num momento em que a empresa regista 217,5 milhões de euros de lucros.
Segundo dados da empresa, a Navigator, ex- Portucel Soporcel, desde 2016, é a terceira maior exportadora em Portugal e representa 1% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. A empresa atingiu um novo máximo histórico de produção de papel em 2016 e teve um volume de negócios de cerca de 1,6 mil milhões de euros.
Com agência Lusa
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