Esta quinta-feira, os trabalhadores foram informados de que o Conselho de Administração da RTP tinha retirado a sua proposta de descongelamento faseado das carreiras e que seria aplicada a progressão automática a partir de Janeiro, tal como era reivindicado pelos trabalhadores.
A evolução das carreiras será já reposta a partir de Janeiro, tal como previa o acordo de empresa e como está previsto no Orçamento do Estado para 2018 para o sector empresarial do Estado, no qual se insere a RTP. A administração, alegando dificuldades financeiras, pretendia um descongelamento faseado, como o previsto na Função Pública.
Estruturas representativas dos trabalhadores rejeitaram a proposta e contactaram os partidos, tendo reunido com o PCP na passada terça-feira, que se comprometeu a interpelar o Governo sobre a reposição salarial.
«A proposta do Conselho de Administração, que equipara a RTP à Função Pública, é justificada com os prejuízos previstos no plano de actividades para 2018, onde está incluída a realização extraordinária de eventos como o Eurofestival e o Mundial de Futebol», afirmaram os representantes dos trabalhadores em comunicado, acrescentando: «Sendo estes eventos de interesse público, por que razão devem os trabalhadores da RTP contribuir com o seu salário, quando já contribuem com o seu trabalho?».
O comunicado dava ainda conta da «total indisponibilidade» do Conselho de Administração «para negociar todo e qualquer direito dos trabalhadores da RTP que será reposto, de forma justa, pelo Orçamento do Estado de 2018».
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