Dando nota de que a greve estava a ter «uma grande adesão» e que as bancas de jogo estavam «todas encerradas», o Sindicato da Hotelaria do Norte (CGTP-IN) revelou ainda que a paralisação deste domingo no Hotel Casino de Chaves levou a empresa a cancelar um torneio de póquer previsto.
Em nota divulgada à imprensa, a estrutura sindical afirma que estes trabalhadores já realizaram 22 dias de greve, prometendo continuar até que a empresa reconsidere a posição de recusa ao diálogo e aceite negociar as suas reivindicações.
A Solverde «paga o salário mínimo nacional à esmagadora maioria dos trabalhadores», sublinha o sindicato, lembrando ainda que, «ao contrário de outras concessionárias de jogo, não paga subsídio nocturno nem subsídio de turno aos trabalhadores do jogo que trabalham por turnos».
Os trabalhadores do Casino de Chaves estão em greve, este fim-de-semana, para exigir aumentos salariais, a melhoria das condições de trabalho e a valorização das suas carreiras. Em nota de imprensa emitida ontem, o Sindicato da Hotelaria do Norte (CGTP-IN) revela que os trabalhadores da Solverde que exercem a sua actividade profissional no Hotel Casino de Chaves voltam à greve hoje e amanhã, depois da que realizaram a 27 e 28 de Maio último, com «uma grande adesão». No final de Junho, teve lugar no Ministério do Trabalho uma reunião com a Solverde para analisar os cadernos reivindicativos apresentados pelo sindicato para as áreas da hotelaria e do jogo. No entanto, segundo denuncia a organização representativa dos trabalhadores, a empresa assumiu uma «posição radical e intransigente», tendo recusado «todas as propostas sindicais». Após a reunião mantida com a Solverde, a estrutura sindical denunciou que a empresa não aplica qualquer contratação colectiva no sector do jogo e que na área da hotelaria viola a contratação colectiva aplicável, nomeadamente ao não pagar o trabalho em dia feriado com 200% e ao não assegurar as carreiras profissionais. Neste sentido e depois de ter auscultado os trabalhadores com vista ao agendamento de novas formas de luta, o sindicato decidiu emitir um novo pré-aviso de greve para os dias 16 e 17 de Julho. Os trabalhadores, que na esmagadora maioria recebem o salário mínimo nacional, estão em luta por aumentos salariais; pelo pagamento de um subsídio de turno e o pagamento do trabalho em dia feriado com um acréscimo de 200%. Lutam igualmente pela actualização do subsídio de alimentação, abono de falhas, prémio de línguas e diuturnidades; pela redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais e 25 dias úteis de férias. Exigem a valorização das carreiras profissionais, o respeito pelos seus direitos, a celebração de um Acordo de Empresa e o direito ao diálogo e à negociação. Para este sábado, está agendada uma acção de protesto à porta do Casino de Chaves, às 19h30, seguida de uma conferência de imprensa, informa o sindicato. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Trabalhadores do Hotel Casino de Chaves em greve
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«A título de exemplo, a empresa paga aos trabalhadores do bar do casino um acréscimo salarial de 50% referente trabalho nocturno, por força da existência da contratação colectiva, mas não paga aos trabalhadores do jogo, por ausência da contratação colectiva», lê-se na nota.
Entre os motivos que fundamentam a greve, contam-se aumentos salariais justos e dignos, a actualização do valor das diuturnidades e do valor do subsídio de alimentação, bem como a criação de um subsídio de turno.
Os trabalhadores lutam igualmente pela actualização do abono de falhas e do prémio de línguas, pela redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais e por 25 dias úteis de férias.
Exigem ainda a valorização das carreiras profissionais, o respeito pelos seus direitos, a celebração de um Acordo de Empresa e o direito ao diálogo e à negociação.
O Governo «também não está isento de culpas», afirma ainda a nota, uma vez que «não deu despacho ao requerimento de arbitragem do Acordo Colectivo de Trabalho do jogo» feito pela Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht/CGTP-IN), há mais de seis anos.
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