A greve está marcada para 24 de Abril e vai abranger todas as empresas do grupo Águas de Portugal (AdP). A administração do grupo teve até 6 de Abril para responder de forma positiva ao caderno reivindicativo mas, «até hoje, a administração não deu resposta a nenhuma das reivindicações centrais», lê-se no comunicado aos trabalhadores.
Entre as reivindicações, exigem aumentos salariais, pendentes de 2009; o fim das discriminações entre trabalhadores com as mesmas funções e antiguidade, mas remunerações diferentes; a regularização de todos os vínculos precários; a uniformização dos subsídios; a aplicação das 35 horas semanais e a contratação urgente de mais pessoal.
É ainda referido que «a reestruturação do Grupo Águas de Portugal aumentou consideravelmente o âmbito geográfico das empresas, impondo aos trabalhadores deslocações e alterações dos locais de trabalho e de horários», criando mais «situações de discriminação, em que trabalhadores com as mesmas funções e antiguidade auferem remunerações muito diferentes».
«A degradação das condições de vida dos trabalhadores é tanto mais intolerável quanto o grupo nunca deixou de ter resultados positivos ao longo da última década», salientam, resultando em «lucros chorudos à custa dos trabalhadores», entre os quais apontam: 500 milhões de euros na AdP em seis anos; 50,1 milhões de euros na Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL) em 2017; seis milhões de euros na Águas do Tejo Atlântico, em apenas seis meses.
O protesto tem o apoio da comissão Intersindical da AdP, abrangendo vários sindicatos da CGTP-IN: SITE CSRA, SITE Sul, SITE Norte, SIESI, CESP, STAL.
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