21 trabalhadores despedidos ilegalmente

Trabalhadores do casino da Póvoa exigem aumentos salariais

Os trabalhadores do casino da Póvoa de Varzim realizaram quarta-feira uma concentração à porta do estabelecimento exigindo aumentos salariais e a reintegração dos trabalhadores despedidos.

Casino da Póvoa do Varzim
Créditos / CC BY 2.0

Os salários são baixos e o casino da Póvoa do Varzim recusa negociar aumentos salariais desde 2009. O Sindicato da Hotelaria do Norte denuncia que estes trabalhadores já perderam 11,1% do seu salário, por força da inflação, e que solicitou todos os anos à administração a negociação.

O sindicato informa que o casino tem obtido uma evolução positiva das receitas do jogo e que «poderia ainda obter maior receita se não tivesse praticamente todos os dias bancas encerradas por falta de pessoal». Mesmo perante esta situação, a empresa iniciou um processo de despedimento colectivo em Outubro de 2014 e despediu 21 trabalhadores, o que o sindicato considera ilegal.

«Os peritos do Tribunal de Trabalho já consideraram que não havia razões para despedir estes trabalhadores, mas entretanto eles continuam em casa sem receber o salário e já sem subsídio de desemprego, em situação social difícil», afirmou à imprensa o presidente do sindicato, Francisco Figueiredo.

O casino da Póvoa de Varzim já empregou mais de 600 trabalhadores e hoje tem apenas cerca de 250. O casino também já não garante as actividades culturais que antes promovia, designadamente exposições e espectáculos, transformando-se aos poucos, segundo o sindicato, «num autêntico armazém de máquinas automáticas para acumular lucros para os seus accionistas».

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