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Grupo Águas de Portugal lucra milhões mas quer trabalhadores a pão e água

O Grupo Águas de Portugal obteve lucros de 102 milhões de euros em 2023, mas ainda assim obriga os trabalhadores a partirem para a luta esta semana pelo aumento real dos salários, a revisão do Acordo Colectivo de Trabalho e o desbloqueio das negociações. 

CréditosAntónio Pedro Santos / Lusa

Os trabalhadores do Grupo Águas de Portugal vão intensificar a luta por melhores condições salariais e laborais. A Federação Intersindical Das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal) e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), estruturas afectas à CGTP-IN, convocaram uma jornada de luta para quinta-feira, 21 de Novembro, com uma concentração marcada para as 11h30 na sede do Grupo Águas de Portugal (AdP), em Lisboa.

Entre as principais reivindicações estão o aumento salarial de 150 euros, fixando o salário mínimo de entrada nos 1100 euros, e a revisão urgente do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Os sindicatos destacam a necessidade de uma nova tabela salarial e a aplicação integral do Acordo de Empresa da EPAL a todos os trabalhadores do grupo.

As estruturas sindicais acusam a administração do Grupo AdP de não cumprir com os compromissos assumidos em 2018, quando se acordou o início das negociações para a reestruturação das tabelas salariais e de carreiras. Seis anos depois, essas promessas continuam por cumprir, levando ao empobrecimento dos trabalhadores e à ausência de enquadramento profissional adequado.

Os sindicatos sublinham ainda os lucros significativos do Grupo Águas de Portugal, que alcançaram 102 milhões de euros em 2023, reflexo de uma década de resultados positivos. Segundo o comunicado, esses resultados só foram possíveis graças ao esforço e à produtividade dos trabalhadores, que agora exigem uma mais justa distribuição da riqueza gerada.

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