|Pingo Doce

Trabalhadores do Pingo Doce saíram à rua

Trabalhadores do Pingo Doce de duas lojas em Braga realizaram hoje uma greve e uma concentração, afirmando junto da população as reivindicações de aumentos salariais e horários regulados.

A luta contra o assédio moral é uma das reivindicações dos trabalhadores do Pingo Doce
Créditos / CESP

Houve uma adesão significativa à greve dos trabalhadores da lojas do Pingo Doce de Vila Verde e do Braga Parque, informou o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN).

A concentração na entrada do Braga Parque, para além de ser a primeira realizada naquele local, contou com uma elevada mobilização de trabalhadores das duas lojas e permitiu que se fizesse uma denúncia pública dos problemas sentidos neste local de trabalho, afirmou o sindicato.

Estiveram presentes na acção, para além de outras delegações regionais do CESP, a União dos Sindicatos de Braga e uma delegação do PCP, que contou com a presença da deputada Carla Cruz.

Trabalhadores exigem resposta às reivindicações

O sindicato denuncia que a empresa não responde aos problemas e reivindicações dos trabalhadores, e não cumpre do contrato colectivo de trabalho (CTT)».

Os trabalhadores «estão sujeitos aos horários semanalmente e até diariamente alterados sem aviso prévio, como está previsto no CTT aplicável», refere o CESP num comunicado, acrescentando que «a empresa já foi alvo de denuncia à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT)», mas continua em incumprimento.

O comunicado refere que os trabalhadores defendem «o aumento dos salários e subsídios para todos sem discriminação», não aceitando que os aumentos «estejam dependentes de avaliações subjectivas por parte das chefias».

Os trabalhadores protestam ainda pelo direito ao exercício da pausa de 15 minutos, incluindo dos postos de abastecimento e cafés, e defendem o direito à conciliação entre a vida profissional e a vida familiar e pessoal.

O sindicato também denuncia que «os trabalhadores da reposição nocturna ficam a trabalhar à média luz» e defende a garantia de condições de higiene, saúde e segurança no trabalho.

Outras das reivindicações que estiveram na base do protesto são o fim da obrigatoriedade de trabalho em secções diferentes sem a formação profissional correspondente e o fim do assédio e da pressão sobre os trabalhadores.

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