Segundo os sindicatos da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares, os trabalhadores do SUCH (Serviço de Utilização Comum dos Hospitais) lutam, entre outros aspectos, por aumentos intercalares dos salários e do subsídio de alimentação, pelo reforço dos quadros de pessoal, pela redução da jornada diária de trabalho e a atribuição do subsídio de risco a todos os trabalhadores.
Porque não lhes pagam o subsídio de risco e se recusam a criar uma categoria profissional que os valorize. O primeiro turno de 4 dias de greve (5 a 9 de Junho) contou com adesão de 100%. Os trabalhadores da área da manutenção da SUCH - Serviços de Utilização Comum dos Hospitais, que desempenham funções no Hospital de São Teotónio, em Viseu, decidiram avançar com uma greve entre os dias 5 e 9 de Junho, para «fazerem ouvir as suas reivindicações pela melhoria das condições laborais e profissionais». Os trabalhadores dos serviços de alimentação e lavandaria dos hospitais queixam-se de não lhes serem reconhecidos os direitos de parentalidade de trabalhadores essenciais no contexto do encerramento das escolas. O Sindicato de Hotelaria do Centro (CGTP-IN) tem vindo a receber vários pedidos de ajuda por parte de trabalhadores dos serviços hospitalares de alimentação, lavandarias e tratamento e recolha de resíduos, de unidades de hospitalização privada e instituições particulares de solidariedade social. Em causa, o facto de estarem a ser pressionados a deixar os filhos em locais alternativos aos estabelecimentos escolares e creches em funcionamento para trabalhadores essenciais, para os quais não estão abrangidos. O sindicato considera que esta situação é «discriminatória» uma vez que, para o direito ao exercício da parentalidade, apenas se aplica a condição de trabalhadores essenciais nos deveres, recusando o reconhecimento dos direitos. A pressão diária, com a ameaça de que irão ter faltas injustificadas caso não vão trabalhar, sendo alguns casos trabalhadores de famílias monoparentais, está a deixar muitos em situação grave a nível psicológico, refere o sindicato. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. «Os trabalhadores do SUCH merecem que lhes seja reconhecido o contributo que dão em prol da empresa, e não reivindicam muito», explica o documento que os trabalhadores têm distribuído em Viseu, à população e aos utentes do hospital: apenas que a empresa «reconheça e aplique os seus direitos, valorizando salarialmente os trabalhadores». Em comunicado, a organização representativa destes profissionais, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (SITE Norte/CGTP-IN) elenca, concretamente, as exigências destes trabalhadores: «a alteração das categorias profissionais, para reflectir o grau de especialidade técnica; o estabelecimento de uma carreira profissional; o pagamento do subsídio de risco em falta e um aumento salarial que corrija os congelamentos impostos ao longo dos anos». De igual forma, é exigido o restabelecimento da escala dos fogueiros, assim como um plano de formação adequado. «Está na mão da empresa a resposta às justas reivindicações dos trabalhadores, que simplesmente reclamam a sua valorização enquanto trabalhadores qualificados e o respeito pelos seus direitos laborais». A greve arrancou hoje, com uma adesão de 100% no turno da manhã, prolongando-se até ao final da semana, 9 de Junho. Na concentração realizada hoje, entre as 8h e as 10h, esteve presente uma delegação da distrital de Viseu do PCP, expressando a sua «solidariedade». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Porque lutam os trabalhadores da SUCH no Hospital de Viseu?
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Trabalhadores dos serviços hospitalares não são considerados essenciais
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O conselho de administração do SUCH ainda não respondeu ao pedido de reunião dos sindicatos para discutir estas reivindicações dos trabalhadores, aprovadas «em plenários em todas as unidades».
Estes trabalhadores, à semelhança de tantos outros no sector da saúde, público e privado, «irão nestas concentrações estar empenhados na defesa do Serviço Nacional de Saúde, porque pretendem melhores condições de trabalho, para melhor servir os utentes a que ele recorrem», refere o Sindicato de Hotelaria do Centro (SHC/CGTP-IN), em comunicado enviado ao AbrilAbril.
Esta acção dos trabalhadores inclui concentrações em Coimbra, na porta principal dos Hospitais da Universidade de Coimbra em Coimbra (8h30), e em Viseu, à entrada do Hospital de S. Teotónio (9h).
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