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Trabalhadores do SUCH vão parar na segunda-feira

Os trabalhadores do SUCH das áreas da alimentação, lavandarias, manutenção, resíduos e administrativos vão estar em greve esta segunda-feira, dia 21, em todo o País.

Concentração dos trabalhadores em frente aos escritórios do SUCH, no Porto. Foto de arquivo
Créditos / Sindicato da Hotelaria do Norte

Segundo os sindicatos da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares, os trabalhadores do SUCH (Serviço de Utilização Comum dos Hospitais) lutam, entre outros aspectos, por aumentos intercalares dos salários e do subsídio de alimentação, pelo reforço dos quadros de pessoal, pela redução da jornada diária de trabalho e a atribuição do subsídio de risco a todos os trabalhadores.

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Porque lutam os trabalhadores da SUCH no Hospital de Viseu?

Porque não lhes pagam o subsídio de risco e se recusam a criar uma categoria profissional que os valorize. O primeiro turno de 4 dias de greve (5 a 9 de Junho) contou com adesão de 100%.

Centro Hospitalar Tondela-Viseu
Créditos / Jornal do Centro

Os trabalhadores da área da manutenção da SUCH - Serviços de Utilização Comum dos Hospitais, que desempenham funções no Hospital de São Teotónio, em Viseu, decidiram avançar com uma greve entre os dias 5 e 9 de Junho, para «fazerem ouvir as suas reivindicações pela melhoria das condições laborais e profissionais».

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Trabalhadores dos serviços hospitalares não são considerados essenciais

Os trabalhadores dos serviços de alimentação e lavandaria dos hospitais queixam-se de não lhes serem reconhecidos os direitos de parentalidade de trabalhadores essenciais no contexto do encerramento das escolas.

Créditos / Saúde Mais

O Sindicato de Hotelaria do Centro (CGTP-IN) tem vindo a receber vários pedidos de ajuda por parte de trabalhadores dos serviços hospitalares de alimentação, lavandarias e tratamento e recolha de resíduos, de unidades de hospitalização privada e instituições particulares de solidariedade social.

Em causa, o facto de estarem a ser pressionados a deixar os filhos em locais alternativos aos estabelecimentos escolares e creches em funcionamento para trabalhadores essenciais, para os quais não estão abrangidos.

O sindicato considera que esta situação é «discriminatória» uma vez que, para o direito ao exercício da parentalidade, apenas se aplica a condição de trabalhadores essenciais nos deveres, recusando o reconhecimento dos direitos.

A pressão diária, com a ameaça de que irão ter faltas injustificadas caso não vão trabalhar, sendo alguns casos trabalhadores de famílias monoparentais, está a deixar muitos em situação grave a nível psicológico, refere o sindicato.

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«Os trabalhadores do SUCH merecem que lhes seja reconhecido o contributo que dão em prol da empresa, e não reivindicam muito», explica o documento que os trabalhadores têm distribuído em Viseu, à população e aos utentes do hospital: apenas que a empresa «reconheça e aplique os seus direitos, valorizando salarialmente os trabalhadores».

Em comunicado, a organização representativa destes profissionais, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (SITE Norte/CGTP-IN) elenca, concretamente, as exigências destes trabalhadores: «a alteração das categorias profissionais, para reflectir o grau de especialidade técnica; o estabelecimento de uma carreira profissional; o pagamento do subsídio de risco em falta e um aumento salarial que corrija os congelamentos impostos ao longo dos anos».

De igual forma, é exigido o restabelecimento da escala dos fogueiros, assim como um plano de formação adequado.

«Está na mão da empresa a resposta às justas reivindicações dos trabalhadores, que simplesmente reclamam a sua valorização enquanto trabalhadores qualificados e o respeito pelos seus direitos laborais». A greve arrancou hoje, com uma adesão de 100% no turno da manhã, prolongando-se até ao final da semana, 9 de Junho. Na concentração realizada hoje, entre as 8h e as 10h, esteve presente uma delegação da distrital de Viseu do PCP, expressando a sua «solidariedade».

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O conselho de administração do SUCH ainda não respondeu ao pedido de reunião dos sindicatos para discutir estas reivindicações dos trabalhadores, aprovadas «em plenários em todas as unidades».

Estes trabalhadores, à semelhança de tantos outros no sector da saúde, público e privado, «irão nestas concentrações estar empenhados na defesa do Serviço Nacional de Saúde, porque pretendem melhores condições de trabalho, para melhor servir os utentes a que ele recorrem», refere o Sindicato de Hotelaria do Centro (SHC/CGTP-IN), em comunicado enviado ao AbrilAbril.

Esta acção dos trabalhadores inclui concentrações em Coimbra, na porta principal dos Hospitais da Universidade de Coimbra em Coimbra (8h30), e em Viseu, à entrada do Hospital de S. Teotónio (9h).

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