Em causa está a «crescente proliferação de práticas anti-sindicais nos diversos portos portugueses, revestindo-se estas de extrema gravidade no porto de Leixões, permanecendo ainda graves no porto do Caniçal (Madeira)», afirma o Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística (SEAL).
O presidente do SEAL, António Mariano, afirmou à Lusa ser «difícil» estimar o impacto da greve, uma vez que o pré-aviso é de âmbito nacional, abrangendo «todos os trabalhadores nos oito portos, sejam sindicalizados ou não, inclusive aqueles com vínculos precários.
O sindicato acusa as empresas portuárias de «comportamentos criminosos», afirmando que há «assédio moral, desde a perseguição à coação, desde o suborno à discriminação», ou «ameaças de despedimento» e «chantagem salarial», com o objectivo de «colocar os trabalhadores uns contra os outros» e também «evitar que os mesmos procedam à sindicalização de forma livre e consciente».
Este conjunto de práticas levou a um manifesto emitido há mais de um ano, com o levantamento de situações concretas, «do qual foi dado conhecimento às tutelas do sector portuário e do Trabalho», mas «estas criminosas situações continuam impunes», reitera o SEAL.
De acordo com o pré-aviso, a greve incide sobre «todo o trabalho suplementar, ou seja, sobre todo o trabalho que ultrapasse o turno normal de trabalho ou um turno de trabalho diário, em dias úteis, e sobre todo o trabalho em sábados, domingos e feriados».
A paralisação abrange os portos de Leixões, Figueira da Foz, Lisboa, Setúbal, Sines, Caniçal, Praia da Vitória e Ponta Delgada.
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