Os estivadores do Porto de Setúbal, reunidos em plenário hoje de manhã, aprovaram por unanimidade o novo contrato colectivo de trabalho (CCT) negociado entre o Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística (SEAL) e as várias entidades patronais que operam no porto sadino.
António Mariano, presidente do SEAL, afirmou à Lusa que se trata de um acordo «vantajoso para os trabalhadores», que responde à maioria das suas reivindicações, e que irá contribuir para a paz social no Porto de Setúbal desde que «as entidades patronais cumpram o que foi acordado».
Para além da integração nos quadros dos operadores portuários de 56 trabalhadores, assegurada na sequência da luta travada em finais de 2018, o novo CCT aprovado garante que cerca de 80 trabalhadores «eventuais» terão direito a um turno diário, antes de qualquer efectivo ser chamado para trabalho extraordinário, assim como prioridade na eventual integração futura nos quadros de pessoal das empresas.
Em Dezembro de 2018, quando foi celebrado o acordo que viabilizou o regresso ao trabalho dos estivadores com vínculos precários do Porto de Setúbal, pondo um fim à greve que parou a actividade portuária por mais de um mês, ambas as partes acordaram abrir negociações para a formulação do novo CCT.
Na origem do conflito esteve o facto que, no Porto de Setúbal, todas as operações eram asseguradas por um conjunto de trabalhadores que, apesar de desempenharem funções permanentes e essenciais, alguns há mais de 20 anos, assinavam contratos ao dia, depois de serem chamados para trabalhar por SMS.
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