O pré-aviso de greve foi apresentado pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) na última quinta-feira, dando seguimento à decisão tomada pelos trabalhadores na Assembleia Geral de Emergência.
Na moção aprovada, os trabalhadores exigem «o cumprimento integral do direito constitucional e laboral português», concretamente da legislação laboral, apontando que têm sofrido «processos disciplinares abusivos, condicionamento psicológico, ameaças de transferência de base» e que a empresa tem «total desrespeito» pelas leis da parentalidade.
Além disso, contestam a deterioração das condições de trabalho, realçando a existência de «contratos precários há mais de dez anos» e a recusa da empresa em tratar os tripulantes com o «mínimo de respeito e dignidade humana, exigível a qualquer empresa a laborar em Portugal».
Outra reivindicação é a implementação do salário base mensal mínimo que a Ryanair não paga aos tripulantes de cabine contratados pelas agências Crewlink e Workforce, só admitindo caso aceitem uma redução salarial.
A greve é decretada para todos os voos, cujas horas de apresentação ocorram entre a meia-noite e as 23h59 dos dias em questão, bem como para os demais serviços, como «assistência ou qualquer tarefa no solo».
Na sexta-feira, o SNPVAC afirmou ter sido contactado pela Ryanair para uma reunião em Dublin, tendo rejeitado o convite, visto que este impunha condições inaceitáveis e uma grave violação da legislação nacional, ao proibir a presença de membros da direcção do sindicato na reunião.
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