Afinal, e contrariamente a notícias divulgadas em finais de Outubro, que anteciparam a UC como a sexta instituição com o regime de fundação, os professores e investigadores de Coimbra vêm agora rejeitar este modelo.
Sérgio Dias Branco, da Faculdade de Letras da UC, que integra a lista vencedora, afirma que a lista A foi a única que tomou uma posição clara sobre este assunto, «manifestando-se contra e interpelando as outras três listas para que considerassem e discutissem, no concreto, as implicações negativas de tal mudança».
Denuncia que «nenhuma quis fazê-lo», apesar de estar em causa o futuro da universidade enquanto instituição pública. Acrescenta que o regime fundacional aprofunda a «desfiguração do funcionamento colegial e democrático do ensino superior público, a subversão da sua autonomia, o definhamento da sua função social, a visão da educação como mercadoria em vez de bem público de acesso universal, e a precariedade e desvalorização dos salários dos seus trabalhadores docentes e não docentes».
Recorde-se que por proposta do reitor da UC iniciou-se no último dia 31 de Outubro uma campanha de discussão e esclarecimento, entre a comunidade académica, sobre as «vantagens» do regime fundacional. No final da sessão que contou com a participação do reitor da Universidade do Porto (UP), instituição que aderiu ao regime fundacional, João Gabriel Silva, reitor da UC, defendeu que «há vantagens suficientes para merecer a discussão».
O Conselho Geral, um dos órgãos de governo da universidade, integra actualmente 18 representantes dos professores e investigadores, cinco representantes dos estudantes, dois representantes dos trabalhadores não docentes e não investigadores, e dez personalidades externas à UC.
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