Depois do adiamento forçado devido ao surto de Covid-19, o FICLO volta «com mais relações inusitadas» entre cinema e literatura, e uma programação que «abarca desde documentários a ficções, passando inclusive pela animação», mantendo o essencial da programação de filmes a actividades paralelas anunciadas em Março, lê-se num comunicado da organização.
A selecção deste ano inclui nove obras de produção recente, «que exploram as formas diversas de relato fílmico». Garantida está também a retrospectiva sobre a obra do realizador espanhol Albert Serra, que incluirá todas as obras com ligação à literatura, incluindo o mais recente Libertè, estreado no primeiro trimestre deste ano.
«O mesmo acontecerá com o ciclo italiano, que percorre a cinematografia, que, desde o pós-guerra, leva a narrativa contemporânea ao cinema através de uma proposta visual cinematográfica específica», com os grandes clássicos Rossellini, Visconti, Antonioni e Pasolini.
O ciclo do Gótico Tropical, que pretendia explorar a inquietação e as sombras, será adiado. De acordo com a direcção do festival, «a relação dos géneros com a problematização do passado e presente perturbadores, resulta actual por excesso e, como tal, perde sentido de conveniência e relevância no actual cenário».
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