Dos cinco discos, apenas um deles é já conhecido, o espectáculo de Amália Rodrigues (1920-1999) no Olympia, em 1956, remasterizado a partir das bobinas originais.
Os outros incluem gravações entre 1957 e 1965, de actuações ao vivo e em estúdio na Rádio France, dois espectáculos completos, novamente no Olympia, em 1967 e em 1975, e ainda uma actuação para emigrantes portugueses, em 1964.
Apesar de ter actuado por todo o mundo, o Olympia, em Paris, foi fulcral para a carreira de Amália, que, em várias entrevistas, se referiu à capital francesa como a rampa de lançamento do seu prestígio internacional. «De Paris parti para o mundo», afirmou a fadista.
Referindo-se à actuação para emigrantes portugueses em 1964, o responsável pela edição discográfica, Frederico Santiago, afirmou à Lusa que «é um exemplo de como Amália não só actuava nas grandes salas como, muitas vezes graciosamente, cantava para associações de portugueses».
Entre os temas gravados neste conjunto de cinco CD, estão «Fado Madragoa», «Sempre que Lisboa Canta», «Fado do 31», «Perseguição», «Trepa no Coqueiro» ou «Cansaço».
Frederico Santiago realçou que «apesar de ser já um verdadeiro mito em Portugal, foi o triunfo parisiense, em 1956, que fez o mundo de então reconhecer em Amália uma das maiores cantoras do século».
A edição inclui um livro com fotografias inéditas, uma cronologia das actuações de Amália na capital francesa, e um texto do historiador Jorge Muchagato.
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