Na apresentação deste festival recorda-se «Nome de Rua», a canção cantada por Amália sobre «uma rua quieta de Lisboa onde a sombra do poeta de repente nos abraça» para explicar que, assim como neste verso de David Mourão-Ferreira, o Lisboa na Rua vai «abraçar as ruas, as praças e as esquinas da cidade».
O programa do festival leva música, poesia, literatura, cinema, exposições e teatro a espaços públicos, desde Belém a Benfica, passando pelo Lumiar, Carnide e pelo renovado Campo Grande, terminando na Baixa Pombalina, mais propriamente no Terreiro do Paço, com uma iniciativa inédita. Durante quatro dias consecutivos (de 28 de Setembro a 1 de Outubro), a Orquestra Metropolitana de Lisboa desafia-se a tocar a Integral das Sinfonias de Beethoven, pela primeira vez num espaço público de Lisboa, aberto a todos. Também no Terreiro do Paço há George Gershwin para escutar numa interpretação da Orquestra Gulbenkian, com direcção de Jean-Marc Burfin, e acompanhamento ao piano de Mário Laginha.
A par de espectáculos de fado, representado pelas vozes de Camané, Gisela João, Carlos do Carmo, o programa apresenta cinco concertos de orquestras de jazz, em cinco finais de tarde, com diferentes origens e repertórios. O concerto de abertura do festival, ontem, esteve a cargo da banda Flat Earth Society (FES), no jardim do Arco do Cego, no Saldanha.
No Campo Grande, mais propriamente no jardim do Museu de Lisboa, passam filmes de culto como E.T., de Steven Spielberg, Metrópolis, de Fritz Lang e Blow Up, de Michelangelo Antonioni.
A par destas iniciativas, o festival inclui outras que já estão a decorrer, como é o caso do FUSO – Anual de Vídeo Arte Internacional de Lisboa, e a carismática Feira da Luz, que se realiza a partir de amanhã no Jardim da Luz, em Carnide.
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