Maria Paula Figueiroa Rego, mais conhecida por Paula Rego, estudou nos anos 1960 na Slade School of Art, em Londres, onde se radicou definitivamente a partir da década de 1970, mas com visitas regulares a Portugal, onde, em 2009, foi inaugurado um museu que acolhe parte da sua obra, a Casa das Histórias, em Cascais.
Embora vivesse no estrangeiro, Paula Rego manteve-se atenta à situação social e política do nosso país, tendo demonstrado o seu descontentamento com o resultado do primeiro referendo ao aborto, em 1997, com a obra Aborto (1997-1999), que se tornou uma das mais citadas, a par de O Crime do Padre Amaro, S. Vomiting the Pátria, O Cadete e a Irmã, entre outras.
Dona de um traço cru e muitas vezes mordaz, a artista alicerçou a obra nas suas vivências e memórias, na literatura e em contos tradicionais, portugueses e ingleses, sendo uma das mais reconhecidas artistas do século XX, a nível internacional.
Nascida a 26 de Janeiro de 1935, em Lisboa, foi galardoada, entre outros, com o Prémio Turner em 1989, e o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso em 2013, além de ter sido distinguida com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada em 2004. Em 2010, ano em que inaugura a primeira exposição na Casa das Histórias, recebeu da Rainha Isabel II a Ordem do Império Britânico com o grau de Oficial, pela sua contribuição para as artes. «É um grande reconhecimento, mas penso ser também bom conseguir vender os próprios trabalhos. Demorou muitos anos até o conseguir fazer», admitiu então Paula Rego à agência Press Association.
Em 2019, a artista recebeu a Medalha de Mérito Cultural do Governo de Portugal.
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