Os manifestantes, que se juntaram num parque da capital da prefeitura de Okinawa, Naha, ontem, contestam a presença militar norte-americana e a intenção de relocalizar a base aérea Futenma, junto à cidade de Ginowan (com mais de 90 mil habitantes) para a baía de Henoko, com o apoio activo do governo central nipónico.
O executivo do conservador nacionalista Shinzo Abe viabilizou a mudança em 2015, concretizando um plano que remonta à década de 1960 e permite aos EUA ampliar significativamente a sua presença na prefeitura– que, apesar de representar apenas 0,6% do território japonês acolhe cerca de metade de todo o contingente militar norte-americano instalado no país.
De acordo com a agência Xinhua, os 70 mil manifestantes prestaram homenagem ao governador falecido na passada semana, Takeshi Onaga, que foi eleito em 2014 com um programa marcado pela oposição à presença militar norte-americana na prefeitura. Logo em 2015, proibiu os trabalhos de movimentação de terras para a construção da nova base, uma decisão que viria a ser travada pelos tribunais no ano seguinte.
Face à submissão do governo nipónico perante a intenção norte-americana, os opositores ao projecto contrapõem com os perigos ambientais e de segurança, e para os crimes cometidos pelos militares dos EUA ali estacionados . Localizada junto à China e à Península da Coreia, Okinawa assume uma posição estratégica.
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