|Japão

70 mil contra presença militar dos EUA em Okinawa

Mais de 70 mil japoneses protestaram este sábado contra a presença militar e a relocalização de uma base norte-americana na ilha de Okinawa.

Os protestos contra a presença militar norte-americana em Okinawa têm-se sucedido nos últimos anos. Em 2016, 65 mil participaram numa manifestação em que foram empunhados cartazes em que se lia «a nossa raiva ultrapassou os limites», em Naha, capital da prefeitura. 19 de Julho de 2016
CréditosHitoshi Maeshiro / EPA

Os manifestantes, que se juntaram num parque da capital da prefeitura de Okinawa, Naha, ontem, contestam a presença militar norte-americana e a intenção de relocalizar a base aérea Futenma, junto à cidade de Ginowan (com mais de 90 mil habitantes) para a baía de Henoko, com o apoio activo do governo central nipónico.

O executivo do conservador nacionalista Shinzo Abe viabilizou a mudança em 2015, concretizando um plano que remonta à década de 1960 e permite aos EUA ampliar significativamente a sua presença na prefeitura– que, apesar de representar apenas 0,6% do território japonês acolhe cerca de metade de todo o contingente militar norte-americano instalado no país.

De acordo com a agência Xinhua, os 70 mil manifestantes prestaram homenagem ao governador falecido na passada semana, Takeshi Onaga, que foi eleito em 2014 com um programa marcado pela oposição à presença militar norte-americana na prefeitura. Logo em 2015, proibiu os trabalhos de movimentação de terras para a construção da nova base, uma decisão que viria a ser travada pelos tribunais no ano seguinte.

Face à submissão do governo nipónico perante a intenção norte-americana, os opositores ao projecto contrapõem com os perigos ambientais e de segurança, e para os crimes cometidos pelos militares dos EUA ali estacionados . Localizada junto à China e à Península da Coreia, Okinawa assume uma posição estratégica.

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