O acto eleitoral teve uma participação de 37,43% dos votantes potenciais e o resultado deu uma vantagem inferior a 55 mil votos (0,4%) aos partidários do «não» ao Acordo de Paz anunciado em Havana (Cuba) e assinado pelo presidente Juan Manuel Santos e o líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP), Timoleón Jiménez «Timochenko».
37,43%
A participação no referendo deste domingo
A aprovação na consulta popular de ontem era uma condição para a entrada em vigor do acordo. Um dos mais destacados detractores do acordo alcançado é Álvaro Uribe, antecessor de Santos na presidência da Colômbia e um dos responsáveis pelo recrudescimento do conflito.
As FARC-EP emitiram um comunicado após os resultados terem sido divulgados, através do qual salientaram «a sua vontade de paz» e reiteraram «a sua disposição para usar somente a palavra como arma de construção do futuro». «Com o resultado de hoje, sabemos que o nosso desafio como movimento político é ainda maior, e exige-nos mais força para construir a paz estável e duradoura». Já o presidente colombiano, o primeiro a reagir aos resultados, afirmou que o cessar-fogo se mantém em vigor e que irá continuar a procurar a paz.
Nos estados colombianos mais afectados pelo conflito ao longo das últimas cinco décadas, a votação no «sim» foi maioritária, em contraste com as regiões onde se registaram menos incidentes, onde a votação no «não» acabou por influenciar decisivamente o resultado eleitoral, informa a Telesur.
Uma informação da Missão de Observação Eleitoral aponta ainda para um número que pode chegar aos 4 milhões de colombianos que se viram impedidos de votar devido à intempérie que se fez sentir ontem, provocada pelo furacão Matthew.
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