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Agressão israelita provocou quase 62 mil mortos em Gaza

A ofensiva israelita de limpeza étnica provocou pelo menos 61 709 mortos: 47 487 confirmados nos hospitais e 14 222 desaparecidos e dados como mortos, informou o Gabinete de Imprensa governamental.

O Gabinete de Imprensa governamental na Faixa de Gaza destacou a ampla destruição de infra-estruturas nos 15 meses de ofensiva israelita Créditos / China Daily

Numa conferência de imprensa dada no Hospital al-Shifa, Salama Marouf, director do Gabinete de Imprensa governamental na Faixa de Gaza, disse que as vítimas mortais no enclave incluíam 17 881 crianças e menores de idade, 214 das quais eram bebés recém-nascidos.

A mesma fonte, indica a PressTV, revelou que 38 mil menores ficaram órfãos, 17 mil dos quais perderam ambos os pais, e que, nos 9268 massacres perpetrados pelas tropas israelitas, 2092 famílias foram completamente exterminadas, sendo que, no caso de 4889, apenas restou um membro vivo.

«8% da população do enclave foi vítima directa da guerra, o que não tem precedentes», destacou, tendo ainda afirmado que «mais de 6000 palestinianos foram detidos pelas forças israelitas, com dezenas torturados até à morte sob custódia».

Nos 15 meses de ofensiva sionista contra Gaza, «mais de dois milhões de palestinianos foram deslocados à força, muitos deles obrigados a mudarem-se mais de 25 vezes, no meio da total ausência de serviços essenciais», declarou Marouf.

Entre Outubro de 2023 e o cessar-fogo de Janeiro deste ano, o gabinete que dirige documentou também a morte de 1155 trabalhadores do sector da saúde, de 205 jornalistas, 194 membros de equipas da Protecção Civil, 736 trabalhadores humanitários e mais de 3500 funcionários governamentais.

A campanha israelita de limpeza étnica contra a Faixa de Gaza cercada gerou perdas superiores a 50 mil milhões de dólares – um valor que, frisou Marouf, corresponde a estimativas preliminares e que tem por base aquilo que as equipas no terreno conseguiram apurar até ao momento.

Ampla destruição de infra-estruturas

A dimensão da agressão israelita fica patente na ampla destruição de infra-estruturas em diversos sectores. A título de exemplo, 34 hospitais ficaram inoperacionais – incluindo o complexo hospitalar de al-Shifa, o maior da região – e as máquinas pesadas necessárias à abertura de vias foi destruída em cerca de 80%.

Na área da habitação, as forças de ocupação destruíram ou danificaram cerca de 450 mil unidades habitacionais, enquanto no da saúde foram destruídos 80 centros, 212 instituições e 191 ambulâncias, com as perdas estimadas a ultrapassarem os três mil milhões de dólares.

Salama Marouf precisou que, durante a agressão, 1661 instalações educativas foram danificadas ou destruídas, incluindo universidades, escolas e jardins de infância, enquanto 12 800 estudantes e 800 docentes foram mortos, e 785 mil ficaram privados do ensino.

Os ataques israelitas destruíram também 3680 quilómetros de redes eléctricas, 2105 transformadores, 538 geradores e 335 quilómetros de redes de água, bem como 185 mil metros quadrados de terras agrícolas.

A mesma fonte destacou que 3725 instalações industriais foram atingidas, 2000 das quais inteiramente destruídas, assim como mais de 30 mil veículos, incluindo 25 mil automóveis e mil barcos de pesca.

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