O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, afirmou que as sanções impostas à Síria pelo Ocidente violam as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, tendo sublinhado que determinados países continuam a colocar obstáculos à busca de uma solução para a situação no país árabe, há dez anos submetido a uma violenta guerra de agressão.
Lavrov fez estas afirmações esta quinta-feira, em Moscovo, numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo sírio, Faysal Mekdad, na qual reiterou o apoio firme da Rússia à preservação da integridade territorial, da soberania e da independência da Síria, e em que voltou a sublinhar a posição da Rússia de que só ao povo sírio cabe decidir o seu futuro, informa a agência SANA.
O chefe da diplomacia russa, que condenou a presença ilegal de forças estrangeiras em território sírio, revelou que o seu país aprovou nos últimos dias um conjunto de medidas de apoio à reconstrução da Síria. Disse ainda que ambos os países vão implementar em breve um acordo abrangente para promover a cooperação económica bilateral.
Mekdad: os EUA estão a tentar destruir a Síria
O diplomata sírio destacou o papel dos Estados Unidos na tentativa de destruir o seu país, e sublinhou a forma como a administração de Donald Trump contribuiu para minar a estabilidade internacional.
O ministro sírio dos Negócios Estrangeiros acrescentou que a recusa do Ocidente em participar na reconstrução do país envia uma mensagem clara para os terroristas, para que continuem a cometer crimes, indica a SANA.
No que respeita ao reconhecimento por parte dos EUA da soberania de Israel sobre os Montes Golã ocupados, Mekdad disse que se trata de uma declaração «nula» e que «viola claramente as resoluções internacionais».
O diplomata agradeceu à Rússia pelo apoio dado à Síria na guerra contra o terrorismo e por ter posto fim à arrogância do Ocidente e às suas violações do direito internacional, tendo denunciado que alguns países ocidentais impõem sanções económicas a outros países para fazer os seus povos morrer à fome, agindo ao serviço de agendas políticas.
«A Síria e a Rússia chegaram a acordo relativamente à expansão das suas relações de cooperação, de modo a frustrar os efeitos das sanções ilegais impostas pelo Ocidente», afirmou, tendo sublinhado a importância de aprofundar as relações estratégicas entre ambos os países, para benefício dos dois povos e dos países amigos.
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