O edifício Vila Algarve, que se encontra na cidade de Maputo, foi construído em 1934 com o objectivo de vir a ser a residência de um empresário português.
No entanto, a partir dos anos 60 do século passado, foi sede da Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), onde foram presos e torturados muitos resistentes antifascistas e anticolonialistas.
O governo moçambicano quer agora transformá-la no Museu da Resistência contra o Colonialismo, uma vez que «é dos últimos testemunhos mais concretos que demonstram a barbaridade que foi o passado», segundo o ministro dos Combatentes de Moçambique, Carlos Jorge Siliya, em declarações este sábado à RTP.
Já está concluído o projecto para transformar a Vila Algarve em museu e já ocorreram reuniões entre o governo moçambicano e a embaixada portuguesa, para se definir a cooperação para este efeito.
Pese embora, o processo estar a ser «lento», Carlos Jorge Siliya afirma querer «contar com especialistas portugueses e historiadores» para este projecto, porque «daqui a 50 anos a juventude não sabe o que foi o colonialismo, quanto custou a liberdade deste País».
A União de Resistentes Anti-Fascistas Portugueses já lançou um comunicado, no qual se congratula a criação de um Museu da Resistência contra a Colonialismo na capital moçambicana, «num local onde foram detidos e muitas vezes barbaramente torturados inúmeros resistentes portugueses e moçambicanos».
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