1. A epidemia de COVID-19 na China está a ser seguida por novos focos em dezenas de outros países, onde em alguns casos já ocorreram, mortos, especificamente no Irão, na Coreia do Sul, na Itália em França e em Taiwan. Não se tratando ainda de uma pandemia, foi atingida uma expressão pandémica que deve constituir motivo de alarme controlado, com uma adequada informação pública das autoridades nacionais de saúde e a tomada de medidas proporcionadas ao nível dos riscos enfrentados.
O director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou, em 15 de Fevereiro, que o mundo «simplesmente não está pronto» para combater uma epidemia deste coronavírus. Mas os restantes países, para além da China, já dispuseram de dois meses, em que o vírus foi contido na China, depois de ter sido anunciado pelas autoridades chinesas em 31 de Dezembro passado. A maior parte dos países onde hoje se verificam focos beneficiaram da não disseminação, para os respectivos organismos de saúde poderem tomar medidas de adaptação dos sistemas de saúde e para elaborar planos de contingência.
No dia seguinte, o especialista que liderou a equipa da OMS enviada à China, o médico canadiano Bruce Aylward, especialista em emergências humanitárias, afirmou que «devemos estar prontos para gerir isto [uma epidemia] a uma grande escala, e isso deve ser feito rapidamente», mas o mundo «simplesmente não está pronto». Saudou ainda o trabalho desenvolvido por Pequim para conter a doença.
A missão da OMS visitou várias cidades e províncias chinesas, incluindo Wuhan, o epicentro da epidemia do coronavírus — baptizado COVID-19 —, para estudar a sua evolução e seus efeitos. «A avaliação unânime da equipa é que eles [os chineses] mudaram o curso desta epidemia... É impressionante», disse Bruce Aylward, veterano na luta contra a epidemia do ébola. «Se tiver COVID-19, quero ser tratado na China», afirmou, rematando com «a China sabe como manter vivas as pessoas com coronavírus».
2. A China tomou medidas excepcionais desde o início do foco em Wuhan. Graças a essas medidas, assistimos a um declínio acentuado na propagação do vírus e no número de mortes1. A experiência chinesa no combate ao vírus foi amplamente bem-sucedida. Muitos países e a OMS elogiaram o seu esforço gigantesco. O director-geral desta organização observou que diria isso em todo o lado, as vezes que fossem necessárias.
A China fez tudo isto mantendo-se ligada ao mundo, particularmente a organismos de saúde e laboratórios, com fornecimento de informações preciosas a todos os países para se poderem fazer esforços, descentralizados, mas em contínuo contacto e troca de dados.
O despoletar repentino da epidemia do novo coronavírus recorda ao mundo que esta é uma ocasião em que a segurança, dos pontos de vista tradicional e não tradicional, estão entrelaçadas. É também uma era em que os problemas locais e globais se transformam entre si. A convivência humana está a ficar cada vez mais interdependente e os destinos humanos estão cada vez mais cruzados.
Na 56.ª Conferência de Segurança de Munique, de 14 a 16 de Fevereiro, a China, em vez de se envolver nas discussões bélicas, referiu-se à segurança da saúde pública mundial e à epidemia do coronavírus, apresentando as acções e os resultados dos esforços feitos pela nação para combater a epidemia, sendo amplamente elogiada pelos participantes. O director geral da OMS fez uma viagem especial para assistir à reunião, durante a qual afirmou que as medidas da China para controlar a epidemia a partir da fonte são motivo de alento, apelando novamente à comunidade internacional para se unir.
A China conseguiu baixar a curva de novas infecções e mortes causadas pelo coronavírus. A queda dos dois indicadores pode revelar, para quem o quiser entender, que a taxa de mortalidade respectiva (número de mortos dividido pelo número de infectados) em Wuhan, onde oscilou entre os 2 e os 2,3%, se conteve sem atingir uma taxa de 5%, considerada crítica.
Os EUA destoam da comunidade internacional
3. Apesar disso, alguns países ainda mostraram comportamento hostil em relação à China. O pior exemplo dessa hostilidade é que alguns se recusaram a fornecer equipamentos médicos, máquinas, equipes técnicas e máscaras faciais.
Neste sentido tiveram particular gravidade as declarações do secretário de Comércio dos EUA, segundo as quais o encerramento provisório de várias unidades e fábricas na China para evitar a propagação do vírus em determinadas regiões pode levar as empresas norte-americanas a repensar as ligações aos seus fornecedores, aconselhando-as a mudar as suas unidades de produção para fora da China. E rematou, hipocritamente: «não quero falar de uma vitória quando se trata de uma doença tão triste e prejudicial». Tais comentários nunca se adequam a um estadista responsável. Além disso, tem havido numerosos relatos em diferentes meios de comunicação social de que chineses foram humilhados ou assediados em diferentes países apenas por serem da China. Esse comportamento é desumano e altamente condenável.
Também tem recebido nota negativa a provocação de Mike Pompeo ao exigir que o Irão publique os «verdadeiros» números de mortos e infectados, que lhe têm chegado por várias «fontes»… Então e se Mike Pompeo nos contasse se houve ou não expansão deste vírus desde o ano passado nos EUA, confundido com o da gripe corrente, e se é verdade ou não que o seu aparecimento na China pode ter resultado de militares americanos participantes nos Jogos Militares Mundiais de 2019, realizados em Wuhan em Outubro passado…
Mas os EUA podem não estar a gerar a confiança interna quanto ao esforço de envolvimento do combate ao COVID-19.
O coronavírus já está nos EUA, mas as autoridades não têm como o rastrear devido à sua disseminação por portadores assintomáticos2. As pessoas que nem sabem que têm o vírus estão a voar para aeroportos intermediários fora da China e depois a apanhar voos para os EUA.
Nenhuma das características conhecidas do vírus suporta a confiança projectada pelas autoridades norte-americanas. Os testes não são confiáveis. Poucos pessoas estão a ser testadas. Não podendo os portadores serem detectados porque não apresentam nenhum sintoma, e sendo o vírus altamente contagioso, milhares de potenciais portadores continuam a chegar aos EUA.
Após a TV Asahi, do Japão, ter noticiado que os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla inglesa) suspeitavam que entre os mais de 10 mil pacientes americanos mortos pela gripe nos últimos meses, alguns possam ter morrido devido ao coronavírus, o CDC decidiu usar novos métodos de teste para aferir se os pacientes com sintomas de gripe não teriam, na realidade, sido infectados pelo coronavírus.
As notícias espalharam-se rapidamente para as redes sociais chinesas. O tema foi catapultado para as notícias mais lidas do Weibo3 desde a sua publicação a 21 de Fevereiro, recebendo mais de 14 mil comentários, muitos dos quais assumindo que o COVID-19 pode ter origem nos EUA, sendo o motivo pelo qual muitas pessoas morreram nos EUA por «sintomas de gripe».
Na sequência destes rumores, Trump nomeou o vice-presidente Mike Pence para coordenar as acções para o combate ao vírus. Enquanto assegurou aos americanos, a 26 de Janeiro, que o risco do coronavírus permanecia «muito baixo», colocou o vice-presidente Mike Pence no comando da resposta dos EUA ao surto do novo coronavírus (COVID-19). Mas acrescentou que «a propagação do vírus nos EUA provavelmente ocorrerá, possivelmente ocorrerá. Pode ser num nível muito pequeno, ou pode ser num nível maior. O que quer que aconteça, estaremos preparados». Enfim, jogos de palavras que afectam a confiança…
Especulações ou não, elas foram alvo de atenção na China, pois o CDC estima que, até à data, foram registados nos EUA pelo menos 26 milhões de casos de gripe, 250 mil hospitalizações e 14 mil mortes.
Mais uma razão para os EUA abandonarem pensamentos de regozijo com a desgraça alheia e terem uma atitude mais correspondente com a emergência global. Um outro desses exemplos foi protagonizado pelo Wall Street Journal. O jornal publicou recentemente um artigo preconceituoso e despropositado, especialmente se forem tidos em conta os esforços promovidos pela China para combater a epidemia. O autor não se coibiu de escolher uma manchete infeliz, com pendor racista: «A China é o verdadeiro “homem débil da Ásia”». Trump queixou-se depois que aos jornalistas daquele jornal, creditados na China, que estiveram na origem dessa manchete, lhes tenham retirado as acreditações. Trump esqueceu-se de referir o motivo…
O comportamento dos EUA contrasta com os apoios variados dos povos e países africanos à batalha da China contra o surto da COVID-19, que ilustram vivamente a fraternidade de compartilhar o bem-estar e as aflições entre a China e a África. Contrasta com o resto do mundo, que tem apoiado a China, contribuindo para a prevenção e controle de epidemias tanto no contexto nacional como internacional. Nos dias mais duros desta luta, a China não esteve sozinha tendo contado com um apoio quase unânime das pessoas de todos os países. Líderes de mais de 160 países e organizações internacionais enviaram cartas à China expressando-lhe um firme apoio4.
Não descartar os laboratórios
4. Nesta conjuntura da epidemia de COVID-19, não há provas firmes de que o vírus seja «fabricado pelo homem» em laboratório, mas não devemos descartar essa possibilidade.
Atitudes de longa data, de instituições norte-americanas, envolvidas em atitudes censuráveis ou suspeitas de manipulação genética, geraram desconfianças.
Num primeiro caso, a muito considerada Universidade de Harvard (privada) esteve envolvida na recolha de amostras de sangue na província de Anhui, na China, nos anos 905. O investigador principal disse na altura que 16 400 amostras de DNA tinham sido transferidas para os EUA «apenas para investigações sobre asma».
Porém, há quem afirme que o número de amostras de DNA transferidas para os EUA foi muito maior… Terá ficado claro, depois, que a Universidade de Harvard tinha feito na China experiências clandestinamente – elas tinham sido proibidas pelas autoridades chinesas, anos antes – e recolhido centenas de milhares de amostras de DNA chinês, que deixaram o país.
Um médico correspondente do China Daily, Xiong Li, fez um apelo para que fosse feita justiça a cerca de 200 mil agricultores chineses que foram usados em 12 experiências genéticas sem o seu consentimento devidamente informado. As experiências em Harvard foram financiadas pelo governo dos EUA. O roubo de DNA chinês também foi apoiado pela Big Pharma. Em 2 de Maio de 2003, a universidade publicou os resultados da investigação, e declarou que tinham ocorrido alguns erros de procedimento na supervisão e na manutenção de registos, mas que nenhum participante teria sido prejudicado de alguma forma, portanto a escola não seria penalizada. Alguns especialistas biomédicos e especialistas em ética da China lamentaram esses resultados. Eles insistiram que os estudos, aparentemente, violavam a ética básica da investigação e pediram uma revisão conjunta das experiências entre EUA e China.
Noutro caso, mais recente, uma estranha coincidência deu-se em Outubro de 2019 numa simulação, com precisão, do coronavírus inicial no Instituto John Hopkins, nos EUA, financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, o WEF (Forum Económico Mundial) e também pelo Pirbright, instituto governamental do Reino Unido – um dos poucos laboratórios de guerra biológica de nível 4 (o mais alto nível de segurança do mundo). O instituto britânico tem rejeitado esta sua participação.
Também devemos referir, em terceiro lugar, a já longa a lista de experiências de guerra bacteriológica, anteriormente realizadas, particularmente contra Cuba, Coreia e China, nas décadas de 50 e 60 do século passado6.
Um quarto caso que podemos referir, foi o da empresa com responsabilidades na origem da gripe das aves e da gripe suína, a Gilead Sciences Inc., sediada na Califórnia e dirigida por Donald Rumsfeld, anterior Secretário de Estado para a Defesa de Georges Bush. E, claro, obtendo depois lucros milionários com as correspondentes vacinas, rapidamente patenteadas. A Gilead mantém essa linha de trabalho.
Para além de tudo isto, importa referir que os EUA dispõem hoje de cerca de 400 laboratórios bacteriológicos em todo o mundo.
A China e a Rússia estão cercadas por alguns deles. No caso da China, encontram-se em países que fazem fronteira com ela: Cazaquistão, Quirguistão, Afeganistão, Paquistão, Taiwan, Filipinas, Coreia do Sul e Japão. Quanto aos que existiam na Indonésia, o governo deste país mandou-os encerrar.
E onde quer que existam esses laboratórios americanos, ou perto deles, há surtos de novas doenças, muitas vezes desconhecidas. As ameaças às populações locais são simplesmente ignoradas pelos americanos. O principal é que estejam longe do território dos Estados Unidos…
Quaisquer laboratórios estrangeiros deste tipo deveriam partilhar com os organismos de saúde e investigação locais e as populações de proximidade a natureza das experiências neles realizadas, seus riscos e contribuir para planos de contingência em casos de contaminação locais.
O impacto na economia e a resiliência chinesa
5. O impacto do COVID-19 nas cadeias de fornecimentos tem sido tremendo, afectando a economia global, à medida que a China persistiu com tão grande paralisia económica.
Se as previsões da Bloomberg e do FMI estiverem correctas, o crescimento económico previsto em 2020 será 2,9%, idêntico ao crescimento económico que terá sido registado em 2019. A Bloomberg estimou ainda que a economia chinesa passará a crescer 4,5% em 2020, em comparação com os 6% registados em 2019.
Em Portugal estão a ser afectadas as empresas que trabalham cá com tecidos chineses importados, podem ser afectadas montagens de veículos que carecem de componentes chineses. Com a redução temporária da oferta chinesa, e se lhe somarmos a redução de turistas chineses, estes são alguns sectores já hoje afectados no nosso país. Por outro lado, a redução da procura por parte da China de produtos que exportamos como o vinho ou calçado reduz as nossas exportações.
Não ignorando os efeitos noutros sectores, a indústria da moda de luxo teve o «choque» mais significativo desde a crise financeira de 2008, segundo o Financial Times.
Muitas das empresas de marcas de luxo, têm operações complexas no país, desde instalações de fabrico até lojas e plataformas de comércio electrónico. Os consumidores chineses representaram 40% dos 303 mil milhões de dólares gastos em bens de luxo em todo o mundo no ano passado.
O surto de vírus também interrompeu cadeias de fornecimentos, complexas, de marcas de vestuário de mercado intermédio, como a Under Armour, a Adidas e a Puma, que pode originar uma queda acentuada da procura e o encerramento de fábricas.
Já a LVMH, a Kering ou a Richemont são marcas de luxo menos expostas à China porque as suas instalações de manufactura estão fora do país.
A crise que se desenvolve no mercado global de artigos de luxo manufacturados constitui o primeiro choque na procura desde a última crise financeira, há mais de uma década. As marcas que estão expostas às consequências do fabrico e manufactura na China sofreriam mais danos se as autoridades chinesas não estivessem a realizar um esforço de relançamento de muita actividade produtiva de que estas casas são clientes.
Este renascer da actividade económica abrange todos os sectores, de forma diferenciada e sustentável em termos de saúde pública. A realidade é que, apesar da prolongada paralisia de muitas empresas e equipamentos públicos, muitos estão já a funcionar de forma controlada, de acordo com as medidas de prevenção e controle da epidemia. E até a construção das infra-estruturas para os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim foi já retomada de maneira ordenada.
6. A ideia criada, maliciosamente, de que o apelo recente do presidente chinês Xi-Jimping ao relançamento da economia significava uma redução do esforço de combate ao vírus, não corresponde à realidade, é uma mentira geradora de pânicos infundados. Recentemente a SIC-Notícias convidou um médico que mentiu sobre isso e sobre outras questões relativas ao combate ao vírus na China. Referiu-se à província de Hubei, cuja capital é Wuhan, em termos inaceitáveis.
Hubei é uma grande e importante produtora de alimentos, como arroz e trigo, além de algodão e diferentes tipos de chá, e com indústrias como automóveis, metalurgias, maquinarias, geração de energia, têxteis e produtos de alta tecnologia. É uma província sem saída para o mar, no centro da China, com um relevo muito variado – tem montanhas, lagos e áreas selvagens. Hubei também é conhecida pelas Três Gargantas, um destino muito comum de cruzeiros turísticos pelo rio Yangtsé, onde fica a imensa Hidroeléctrica das Três Gargantas. Contribui de forma muito importante para a potência económica da China.
A sua capital, Wuhan, epicentro da epidemia do COVID-19, é um território de amplas transformações industriais, que possui três zonas de desenvolvimento nacional, quatro parques de desenvolvimento científico e tecnológico, mais de 350 institutos de investigação, 1656 empresas de alta tecnologia, numerosas empresas e investimentos de 230 empresas listadas na Fortune Global 500. Ali tem sede a mega-empresa Dongfeng Motor Corporation, complexo industrial que fabrica automóveis, em estreita relação com dezenas de institutos de educação superior, inclusivamente a Universidade de Wuhan, que em 2017 ocupou o terceiro lugar a nível nacional, com a Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong.
A segurança e a cooperação, desafios globais
7. Esta epidemia obriga a que as pessoas pensem realmente sobre o que é a segurança e como se pode mantê-la. Nesta reflexão, os chineses têm defendido que o mundo precisa de uma segurança comum, integrada, de grande cooperação e sustentável. Perante os desafios mundiais, nenhum país deve ficar sozinho e isolado. Para eles, é necessário eliminar urgentemente a divisão entre Oriente e Ocidente, abater as barreiras económicas entre o Norte e o Sul, olhar para o planeta em que vivemos como uma comunidade, uma família mundial e construir conjuntamente uma comunidade de destino comum para a humanidade.
Os dirigentes chineses também têm manifestado que, nesta luta titânica que se trava, se há um herói, ele é seguramente o povo chinês.
Continuam a convidar os países ocidentais para, em primeiro lugar, se solidarizarem e colaborarem com a China, com um olhar prioritário para as vítimas e não para a economia. E, num segundo momento, se questionarem sobre a aprendizagem que se pode fazer da organização social chinesa, reerguida de muitas adversidades, com o pressuposto da colaboração e da harmonia.
Porque em momentos em que são necessárias a união, a colaboração e o tão caro e lapidado conceito de «harmonia», fundamento da cultura chinesa, o sistema com que se organiza a sociedade ocidental ainda não permite tais esforços colectivos. Não com o mesmo resultado. As concepções de egoísmo individual em prejuízo dos interesses da maioria ainda são dominantes em muitos países, o que molda um tipo de democracia em que diferentes pontos de vista ainda não são tão capazes de dialogar e colaborar em favor do patriotismo e do bem-estar do povo. Diferentemente do que ocorre com a China e as suas 56 etnias e sete partidos políticos, que actuam harmonicamente em colaboração com o Partido Comunista Chinês.
Não deixando de sugerir, para todo o mundo, modelos mais coesos e menos fragmentados de democracia, reduzindo as suas contradições sem perder o que a democracia tem de mais caro: a soberania popular.
- 1. No final do dia 1 de Março de 2020, segundo a Reuters, contavam-se 2912 mortes na China continental, 42 das quais nesse dia – mas nenhuma ocorrida fora da província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, epicentro da epidemia. Um balanço da cadeia de televisão chinesa CGTN informou que o número total de infectados na China, no final do mesmo dia, era de 80 174. Em comparação com as 2915 mortes na China – já integrando as 3 ocorridas em Hong-Kong e Taiwan – está-se perante uma taxa de mortalidade de 3,6% para toda a China. Os pacientes já recuperados eram 44 518, com a taxa de recuperação a ficar em 55,5%.
- 2. Que ainda não apresentam sintomas, podendo estar em período de incubação.
- 3. O Sina Weibo é um serviço de microblogging chinês criado pela Sina Corporation, lançado em 14 de Agosto de 2009. É uma das redes sociais mais populares na China. Desde 2014, as suas acções são comercializadas na bolsa de valores NASDAQ sob o símbolo $SINA.
- 4. Sectores da sociedade, em muitos países, organizaram activamente campanhas de donativos e envio de mensagens de ânimo. A polícia indonésia cantou a canção «Força, Wuhan», estudantes britânicos e de outros países manifestaram confiança pelo sucesso da China. Pessoas de todos os quadrantes da sociedade cingalesa rezaram pelo país…
- 5. Anhui é uma província principalmente agrícola do leste chinês, bastante diversificada topograficamente. É conhecida pelas montanhas Huangshan. Suas nuvens baixas, suas rochas de granito peculiares e seus pinheiros retorcidos são temas de muitos poemas e pinturas clássicas. Trilhas e teleféricos oferecem acesso aos picos das montanhas Huangshan. O rio Yangtze corre entre essas regiões montanhosas.
- 6. O governo dos EUA fez experiências de guerra bacteriológica contra a Coreia e a China na década de 1950. Este facto está comprovado no Report of the International Scientific Commission for the Investigation of the Facts Concerning Bacterial Warfare in Korea and China (764 páginas, 235 MB).
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