Tendo por base dados da Secretaria de Trabalho, o informe do CEPA refere que, nos primeiros quatro meses da governação de Milei, «se perderam» cerca de 120 mil empregos registados, somando as «baixas do sector privado e da administração pública».
De acordo com o organismo, de Dezembro a Março foram destruídos 94 963 empregos registados no sector privado. A estes, há que juntar mais de 20 mil despedimentos e a eliminação de postos de trabalho na administração pública.
No que respeita ao sector privado, o informe precisa que, no quarto mês de governo de Milei (Março), «se perderam 23 012 postos de trabalho registados, perfazendo 94 963 num quadrimestre».
O CEPA estima que os dados referentes a Abril – quarto mês do ano e quinto da governação de Milei – evidenciem «uma nova queda», ou seja, menos 27 580 postos de trabalho.
«Depois da dupla crise de emprego gerada pelo governo do Cambiemos [de Mauricio Macri] e a pandemia, foram recuperados todos os postos de trabalho. No entanto, com a assunção de Milei, o abandono do mundo produtivo faz soar os alarmes no mercado de trabalho», afirma o CEPA na sua conta de Twitter.
Os sectores mais afectados foram a construção (55 777 postos de trabalho destruídos), a indústria (quase 13 mil empregos a menos) e o comércio e serviços (menos 5700 postos de trabalho), refere o portal tiempoar.com.ar.
Outro aspecto para o qual o estudo chama a atenção é o da desvalorização salarial, que ronda os 9,5% nos quatro meses do actual governo – «uma queda sem precedentes em tão curto prazo», refere o organismo.
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