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Argentina: mais de 120 mil empregos destruídos em quatro meses

No primeiro quadrimestre do governo de Javier Milei, foram destruídos mais de 120 mil postos de trabalho, indica um relatório do Centro de Economia Política (CEPA), divulgado esta segunda-feira.

Javier Milei, actual presidente da Argentina Créditos / Página 12

Tendo por base dados da Secretaria de Trabalho, o informe do CEPA refere que, nos primeiros quatro meses da governação de Milei, «se perderam» cerca de 120 mil empregos registados, somando as «baixas do sector privado e da administração pública».

De acordo com o organismo, de Dezembro a Março foram destruídos 94 963 empregos registados no sector privado. A estes, há que juntar mais de 20 mil despedimentos e a eliminação de postos de trabalho na administração pública.

Postos de trabalho registados no sector privado. Queda verificada de Fevereiro para Março de 2024 e estimativa relativa a Abril de 2024 / @ctroCEPA

No que respeita ao sector privado, o informe precisa que, no quarto mês de governo de Milei (Março), «se perderam 23 012 postos de trabalho registados, perfazendo 94 963 num quadrimestre».

O CEPA estima que os dados referentes a Abril – quarto mês do ano e quinto da governação de Milei – evidenciem «uma nova queda», ou seja, menos 27 580 postos de trabalho.

«Depois da dupla crise de emprego gerada pelo governo do Cambiemos [de Mauricio Macri] e a pandemia, foram recuperados todos os postos de trabalho. No entanto, com a assunção de Milei, o abandono do mundo produtivo faz soar os alarmes no mercado de trabalho», afirma o CEPA na sua conta de Twitter.

Potos de trabalho registados no sector privado, abrangendo o segundo governo de Cristina Kirchner, de Mauricio Macri, de Alberto Fernández e de Javier Milei / @ctroCEPA

Os sectores mais afectados foram a construção (55 777 postos de trabalho destruídos), a indústria (quase 13 mil empregos a menos) e o comércio e serviços (menos 5700 postos de trabalho), refere o portal tiempoar.com.ar.

Outro aspecto para o qual o estudo chama a atenção é o da desvalorização salarial, que ronda os 9,5% nos quatro meses do actual governo – «uma queda sem precedentes em tão curto prazo», refere o organismo.

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