«O inimigo israelita levou a cabo uma agressão, às 0h32 [de sexta-feira], com rajadas de mísseis a partir dos Montes Golã ocupados, atingindo vários pontos nas imediações de Damasco», revelou em comunicado o Ministério sírio da Defesa.
O texto, divulgado na TV estatal e pela agência SANA, refere que as baterias de defesa anti-aérea entraram em acção e abateram alguns dos mísseis.
No entanto, o impacto de outros provocou a morte a três militares do Exército Árabe Sírio e feriu mais sete, além de gerar perdas materiais.
De acordo com os registos da agência Prensa Latina, trata-se da 18.ª agressão israelita contra território sírio em 2022. A mais recente ocorreu no início deste mês, a 2 de Julho, tendo como alvo a província costeira de Tartus.
A 10 de Junho, um ataque perpetrado também a partir dos Montes Golã ocupados, provocou danos consideráveis no Aeroporto Internacional de Damasco, nomeadamente nas pistas de aterragem, sistemas de controlo, salas de recepção e hangares.
A infra-estrutura, essencial para o país árabe, esteve quase inoperacional durante 13 dias, só voltando a funcional depois de extensas obras de reparação.
Israel deve deixar de ser uma ameaça deixe à paz e segurança regional e internacional
Israel, com quem a Síria permanece oficialmente em guerra, intensificou os ataques contra o país vizinho desde o início da guerra de agressão, em 2011.
Condenado estas acções, que encara como forma de desestabilizar o país e de apoiar o terrorismo (também económico), o governo sírio tem denunciado o silêncio das Nações Unidas, sublinhando o seu direito a defender a integridade territorial e soberania nacional face ao «inimigo israelita» por todos os meios.
Em Maio último, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros exortou o secretário-geral das Nações Unidas e o presidente do Conselho de Segurança da ONU a «emitirem uma condenação clara» dos ataques israelitas a território sírio.
Em cartas enviadas a ambos, o governo sírio instou-os a exigir a Israel que cumpra as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e que, de forma imediata e incondicional, deixe de ameaçar a paz e a segurança regional e internacional.
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