A agência SANA informou que dez civis morreram na sequência do ataque, perpetrado esta sexta-feira, contra a localidade de al-Kishkiah.
O bombardeamento, levado a cabo pela aviação da «coligação internacional» comandada pelos Estados Unidos, ocorreu menos de 24 horas depois de um outro ter provocado a morte a 11 pessoas, todas da mesma família, na localidade de al-Shaafa.
Ambas as terras se situam a sudeste de Deir ez-Zor, junto ao rio Eufrates e já perto da fronteira com o Iraque, uma região que tem sido intensamente bombardeada pela coligação referida, com o pretexto de estar a combater o Daesh – o chamado Estado Islâmico.
No entanto, as autoridades sírias têm repetidamente acusado esta aliança militar – que opera na Síria desde Setembro de 2014 sem autorização de Damasco e sem o aval das Nações Unidas – de fazer vista grossa às acções do Daesh e de, a coberto de uma pretensa luta contra o terrorismo, «estar deliberadamente a massacrar civis sírios», acrescentando que os ataques visam destruir as infra-estruturas e provocar o êxodo da população na província de Deir ez-Zor.
O Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros, que também acusa os EUA de recorrerem a munições com fósforo branco e bombas de fragmentação, banidas internacionalmente, afirmou, em cartas envidas às Nações Unidas em Novembro último, que o «silêncio vergonhoso da comunidade internacional tem encorajado a coligação liderada pelos EUA a matar mais sírios e a destruir as suas propriedades», e solicitou à ONU a criação de um «mecanismo internacional, independente e imparcial para investigar os crimes» que estão a ser cometidos por essa coligação.
Protesto em Hasaka contra as «ameaças turcas»
Na passada quinta-feira, centenas de pessoas participaram numa concentração na cidade de Hasaka (capital da província homónima, no extremo Nordeste da Síria) para denunciar as «ameaças da Turquia de lançar uma agressão» contra o território sírio e rejeitar «qualquer presença estrangeira ilegal» no país, indica a SANA.
Na mobilização, que contou com a presença de líderes de tribos e clãs da região, foi sublinhado o compromisso com a integridade territorial do país, bem como o apoio ao Exército Árabe Sírio na sua luta contra as organizações terroristas que, promovidas e apoiadas «pelos inimigos sionistas e colonialistas ocidentais», têm tentado destruir a Síria.
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