Pelo menos 13 civis morreram na sequência do bombardeamento realizado este sábado pela chamada «coligação internacional», liderada pelos Estados Unidos, numa zona rural na região de al-Bukamal, na província síria de Deir ez-Zor (perto da fronteira com o Iraque), revelou hoje a HispanTV.
Este ataque ocorre cerca de uma semana depois de outro que a referida aliança militar levou a cabo na mesma província, mais concretamente sobre a aldeia de al-Baghuz al-Tahtani, na sequência do qual duas dezenas de civis faleceram. De acordo com as autoridades sírias, que denunciaram a situação junto das Nações Unidas, a aviação da «coligação ocidental» atacou dezenas de famílias que fugiam de zonas controladas pelo Daesh (também conhecido como Estado Islâmico).
Com o pretexto de combater o Daesh, a aliança militar liderada pelos norte-americanos – que opera na Síria desde Setembro de 2014 sem autorização de Damasco e sem o aval das Nações Unidas – tem bombardeado intensamente a região a sudeste de Deir ez-Zor, junto ao rio Eufrates e já perto da fronteira com o Iraque.
No entanto, as autoridades sírias têm repetidamente acusado esta coligação de fazer vista grossa às acções do Daesh e de, a coberto da pretensa luta contra o terrorismo, «estar deliberadamente a massacrar civis sírios», sublinhando que os ataques visam destruir as infra-estruturas e provocar o êxodo da população na província de Deir ez-Zor.
EAS descobre novos esconderijos com material de guerra
Unidades do Exército Árabe Sírio (EAS) deram sequência, este domingo, às operações de limpeza de terreno e desminagem em áreas rurais das províncias de Daraa, Homs e Damasco – também em cemitérios, onde, refere a Prensa Latina, os terroristas abandonaram todo o tipo de equipamento (incluindo viaturas camufladas).
De acordo com fontes militares, também referidas pela agência SANA, nas operações ontem levadas a cabo foram encontrados milhares de munições, armas de vários calibres e diferentes tipos de mísseis, incluindo o míssil anti-tanque Tow, bem como equipamentos de comunicação de última geração.
Este equipamento, encontrado sobretudo em armazéns e esconderijos debaixo do solo, é na sua maioria de fabrico norte-americano, britânico e israelita. O material de guerra que os terroristas deixaram para trás e que os militares sírios encontraram até à data dava para equipar batalhões inteiros, um facto que, sublinham os militares, evidencia quão determinante foi o fornecimento de armas a partir do estrangeiro para a activação dos grupos terroristas na Síria.
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