«Osama Khalil Abu Khater, de 29 anos, morreu como consequência de ferimentos na barriga, depois de, anteontem, ter sido atingido a tiro pelo inimigo israelita a leste de Khan Younis», disse esta manhã Ashraf al-Qudra, funcionário do Ministério palestiniano da Saúde em Gaza.
Na Internet, é possível ver imagens do cortejo fúnebre, com Khater, envolto numa bandeira da Palestina, a ser acompanhado por centenas de pessoas pelas ruas de Gaza.
Ainda de acordo com o Ministério, nos protestos de sexta-feira passada, em que Abu Khater foi atingido, 206 palestinianos ficaram feridos na sequência da repressão israelita, na sua grande maioria devido à inalação de gás lacrimogéneo.
Trinta terão sido atingidos por fogo real junto às vedações da Faixa de Gaza cercada, num protesto que foi designado como «Sexta-Feira dos Feridos», para prestar tributo a todos aqueles que foram feridos pelas forças israelitas desde o começo da Grande Marcha do Retorno, a 30 de Março, indica a PressTV.
Na quinta-feira, a agência Ma'an revelou que Muhammad Ghassan Abu Farhana, de 23 anos, também não resistiu aos ferimentos sofridos durante esses protestos a 14 de Maio último, tendo falecido na quarta-feira à noite.
Foi precisamente a 14 de Maio – véspera do Dia da Nakba e dia em que os EUA mudaram oficialmente a sua embaixada de Telavive para Jerusalém – que a repressão das forças israelitas atingiu o ponto mais alto na Grande Marcha do Retorno, um protesto com que os seus organizadores pretendem reivindicar o direito dos refugiados a regressar às suas casas.
De acordo com o Ministério da Saúde em Gaza, mais de 130 palestinianos foram mortos e quase 14 mil foram feridos pelas forças militares israelitas desde 30 de Março. Trezentos estão hospitalizados em estado grave.
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