Na capital do país, Saná, os aviões atacaram as instalações da Polícia Militar, matando pelo menos 39 pessoas e deixando feridas mais de 80, segundo revelaram a agência Reuters e a televisão iemenita Al-Masirah.
De acordo com a cadeia televisiva em língua árabe, os aviões investiram sete vezes contra as instalações policiais. Algumas das vítimas mortais já identificadas eram prisioneiros.
O ataque de hoje é o mais recente de uma série de raides aéreos lançados nas últimas semanas contra Saná, dos quais resultaram dezenas de mortos.
Os aviões da coligação militar liderada pelos sauditas atacaram também o distrito de Sahar, na província de Sa’ada, provocando quatro feridos – um dos quais veio a falecer, segundo a PressTV. Outro ataque da coligação ocorreu no distrito de Maqbanah, na província de Ta’izz, deixando 11 pessoas mortas.
Os ataques de hoje evidenciam que a coligação militar liderada pelos sauditas – apoiada pelos EUA e pelo Reino Unido – não pretende deter a ofensiva contra o Iémen iniciada em Março de 2015, com o objectivo, declarado, de esmagar a resistência do movimento Ansarullah e recolocar no poder Abd Rabbuh Mansur Hadi, um aliado próximo de Riade.
A guerra de agressão contra o Iémen já provocou mais de 12 mil mortos. Em meados de Agosto, representantes das Nações Unidas caracterizaram a situação no mais pobre dos países árabes como uma «tripla tragédia», referindo-se à fome, ao arrastar da guerra e à epidemia de cólera – que infectou mais de 900 mil pessoas e matou mais de 2100, desde Abril deste ano.
Na segunda-feira, o coordenador humanitário das Nações Unidas para o Iémen, Jamie McGoldrick, chamou a atenção para a gravidade da situação no país árabe, em virtude da continuidade do bloqueio imposto pelos sauditas. Um dia antes, o secretário-geral da ONU, António Guterres, instou as partes a acabar com a «guerra estúpida» e a encontrar uma «solução política».
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