Orellana explicou que, desta forma, pretende dar resposta à má gestão do governo golpista, cujo desinteresse pelas políticas culturais provocou uma crise que afectou profundamente o sector.
«A primeira tarefa que nos pediram foi a da reactivação económica do país no sector da Cultura, porque os decretos supremos do governo anterior prejudicaram-no muito», disse a ministra ao canal de televisão Red Uno, citada pela Prensa Latina.
«O actual governo sabe da importância da Cultura para o desenvolvimento do país, por isso o presidente Luis Arce assinou o Decreto 4404, que permite a realização de actividades culturais respeitando o cumprimento das normas de segurança», destacou.
Orellana afirmou que o Ministério que dirige terá o diálogo como principal instrumento de trabalho. «Cabe-nos ouvir o povo, vamo-nos reunir com as autoridades departamentais. Isto não significa que apenas o Estado deva trabalhar, será antes em coordenação com os departamentos e os municípios, e a população», frisou.
Nas declarações à Red Uno, a ministra disse que a tutela assume a tarefa de criar políticas culturais e de ampliação das infra-estruturas do sector, aumentando o investimento e coordenando as iniciativas com os ministérios de Economia e Finanças, Turismo, e Desenvolvimento Produtivo e Economia Plural.
Orellana lembrou que apoiar a cultura é um investimento, e isso não deve ser visto como uma despesa desnecessária ou absurda – o argumento utilizado pelo governo golpista de Jeanine Áñez para acabar, em Junho último, com o então designado Ministério das Culturas e Turismo.
Sabina Orellana tomou posse no passado dia 20 de Novembro e já nessa ocasião tinha sublinhado a importância das políticas culturais para o desenvolvimento social e económico do país.
«Descolonizar e despatriarcalizar é reverter a desigualdade entre nacionalidades, assim como entre homens e mulheres, é quebrar a hegemonia de uma cosmovisão unívoca que subordina a outra», disse também na tomada de posse, acrescentando que irá trabalhar para acabar com o racismo.
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