Mais de metade dos eleitores não votou em Evaristo de Carvalho, o candidato único às eleições presidenciais de São Tomé e Príncipe, realizadas dia 7. Segundo dados provisórios divulgados pelo presidente da Comissão Eleitoral Nacional (CEN), Alberto Pereira, houve 7567 votos nulos e 1548 votos brancos. O candidato apoiado pela Acção Democrática Independente (ADI), partido do primeiro-ministro, Patrice Trovoada, obteve 42 058 votos.
A legalidade deste acto eleitoral tem sido posta em causa. Manuel Pinto da Costa, actual Presidente da República, considerou que «participar num processo eleitoral tão viciado seria caucioná-lo». Já o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP) anunciou, no passado dia 3, a retirada «efectiva e imediata» de todos os seus representantes no CEN e nas Comissões Eleitorais Regionais.
Na base da decisão do MLSTP, refere o portal Téla Nón, estão os «erros gravíssimos» e «as irregularidades que se verificaram no acto eleitoral do dia 17 de Julho», data da primeira volta das eleições presidenciais.
Então, com uma participação do eleitorado superior a 60%, Evaristo Carvalho obteve 50,1% da votação. Manuel Pinto da Costa recandidatou-se como independente e obteve 24,8% dos votos, enquanto a candidata do MLSTP, Maria das Neves, ficou na terceira posição. Os dois últimos recusaram estes resultados, acusando o CEN e o governo de fraude, tendo pedido ao Supremo Tribunal de Justiça a anulação do escrutínio.
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