Cenário de impasse mantém-se em Espanha

Pedro Sánchez, líder do PSOE, defendeu esta segunda-feira que, depois do acordo alcançado pelo PP e o Ciudadanos, há mais razões para dizer «não» a um novo governo chefiado por Mariano Rajoy.

Momento da reunião entre Rajoy e Sánchez no Congresso dos Deputados
CréditosLa Vanguardia

O secretário-geral do PSOE reiterou o «não» dos socialistas espanhóis a Mariano Rajoy na investidura que terá lugar esta semana, numa reunião que durou cerca de 20 minutos e que o líder socialista classificou como «prescindível».

Na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro com o primeiro-ministro espanhol em funções, Sánchez sublinhou que Rajoy se encaminha para uma «derrota anunciada» e que «a responsabilidade será apenas sua», pela «incapacidade de constituir uma maioria», noticiam a TeleSur e o Diario Público.

O dirigente do PSOE, que destacou a «coerência» demonstrada pelo seu partido desde as eleições de 26 de Junho, disse que o pacto recentemente alcançado entre o Partido Popular (PP) e o Ciudadanos é «conservador e continuísta», e que a proposta apresentada pelos populares não altera as políticas económicas e sociais do anterior Governo do PP.

Na primeira votação da investidura, marcada para esta quarta-feira, Rajoy precisa de maioria absoluta (176 votos), mas este cenário afigura-se difícil, sendo que a soma dos deputados do PP (137), do Ciudadanos (32) e da Coalición Canaria (1) só atinge os 170.

Na segunda votação, que se realiza na próxima sexta-feira, Rajoy precisa apenas de maioria simples, mas terá de contar com a abstenção dos socialistas.

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