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China e Cuba reforçam cooperação na educação e investigação

O país asiático e o caribenho reforçaram a cooperação na área da educação e investigação, nomeadamente por via dos acordos que a Universidade de Havana (UH) mantém com várias instituições chinesas.

Margarita Caballero, vice-reitora de Economia da UH Créditos / PL

Em declarações à Prensa Latina, a vice-reitora de Economia da UH, Margarita Caballero, disse que a cooperação bilateral neste âmbito começou com «a ideia e o impulso dos líderes históricos de cada país».

«Há 60 anos, o nosso Comandante-em-Chefe Fidel Castro prestou especial atenção aos primeiros grupos de chineses que vieram estudar espanhol em Cuba e depois, em 2006, retomou este programa», explicou.

Caballero lembrou que o curso de Espanhol foi criado na Universidade de Havana em 2007 e que em 2009 surgiu o Instituto Confúcio, que celebra 15 anos de «promoção da língua e da cultura chinesas» na Ilha.

Reunião mantida pela delegação cubana com autoridades chinesas (Agosto de 2024) / PL

A UH tem 67 acordos-quadro com instituições de ensino superior na China e está actualmente a dar os primeiros passos no sentido da cooperação académica com a Universidade de Tsinghua, que é considerada uma das mais prestigiadas do país asiático.

Por outro lado, «estamos a trabalhar com a parte chinesa na criação da Escola Havana, cujo processo está em fase de aprovação, e que constituirá um centro conjunto para aprender espanhol com o consentimento de professores de ambos os países», referiu.

A vice-reitora recordou que a UH faz parte da Aliança para a Iniciativa Cinturão e Rota, da Aliança Mundial para a Educação Digital, da Aliança China-América Latina de Inovação em Investigação e Educação Agrícola, entre outras.

Participação na Conferência Mundial sobre Educação Inteligente, em Pequim, no passado dia 20 / PL

«Esta participação, juntamente com a posição de Cuba nas organizações académicas regionais, permite-nos ser uma ponte natural entre China-Cuba e China-América Latina e Caraíbas», explicou Caballero, que se encontra de visita ao país asiático no âmbito da Conferência Mundial sobre Educação Inteligente, que decorreu em Pequim de 18 a 20 deste mês.

A vice-reitora disse ter exposto no encontro as ligações entre a digitalização e o sistema educativo na maior ilha das Antilhas, explicado os esforços e a vontade política para inserir a ilha na transformação digital, e referido as experiências durante a pandemia na promoção e graduação de estudantes com ensino à distância.

«Promovemos também a conferência científica Saber UH 2025 e instámos professores e estudantes chineses a participarem neste evento, de 28 a 30 de Maio próximo, em Cuba», disse.

Classificando como «excelentes» os laços de amizade e cooperação em matéria educativa entre os dois países há mais de seis décadas, Caballero mostrou-se confiante sobre novas oportunidades para ampliar estes intercâmbios.

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