|Cuba

Cinemateca de Cuba faz 65 anos com muito para mostrar

Com o 65.º aniversário da Cinemateca de Cuba, chegam os louvores pelo trabalho único de preservação do património cinematográfico – mas também há muito cinema para ver.

O Cine 23 y 12, em Havana, acolhe o ciclo para celebrar «a história, o trabalho e o esforço» da Cinemateca Créditos / orizzontiitaliacuba.com

A Cinemateca de Cuba completa hoje 65 anos de existência e, para assinalar este facto, preparou uma selecção de filmes, incluídos no ciclo «¡Aniversario 65 de la Cinemateca de Cuba!».

A entidade cultural filiada no Instituto Cubano da Arte e Indústrias Cinematográficas (Icaic) goza de grande prestígio, em grande medida pelo «trabalho louvável de preservação e salvaguarda do património cinematográfico nacional e internacional».

Nos seus «cofres» estão também guardados os «documentos que fazem parte da história do cinema», como «livros, revistas, cartazes, ensaios, crítica cinematográfica, entre outros», destaca o portal Cubacine.

Desde a sua criação, em 1960, a Cinemateca de Cuba teve como propósito «estabelecer um diálogo sustentado e permanente entre o espectador e o cinema, o actual e aquele que hoje é considerado clássico», refere a página.

Uma destas premissas é a sua abertura como casa de estudos e consulta, na medida em que possibilita o acesso a materiais de interesse sobre a sétima arte e a sua história.

Outra forma de aproximação da Cinemateca de Cuba é a programação e a exibição de filmes, afirma o seu director, Luciano Castillo, que destaca o facto de os ciclos temáticos e as mostras «conduzirem a debates com especialistas que suscitam a reflexão».

Ciclo dos 65 anos e festa todo o ano

A Cinemateca explica que o ciclo preparado para a celebração do aniversário, curado por Antonio Mazón Robau, programador da entidade há 35 anos, será exibido de hoje até ao próximo domingo, 9 de Fevereiro, evento com o qual se dará início à festa ao longo de todo o ano.

Cartaz do 65.º aniversário da Cinemateca de Cuba / cubacine.icaic.cu

A abertura do ciclo cabe a Porte des Lilas (1957), realizado por René Clair, acompanhado por várias curtas (restauradas) dos irmãos Lumière.

Estas curta-metragens, revela a Cinemateca, não são os únicos filmes restaurados que integram o programa dos festejos, já que Napoleón (1927), de Abel Gance – a dois anos do seu centenário – também está incluído na mostra.

Além de revelar detalhes sobre o restauro destas obras, Castillo disse que haverá outros cinco a integrar o programa e que «gozam do apreço do espectador e da crítica especializada», longas-metragens como Blade Runner (1982), de Ridley Scott, Breezy (1973), de Clint Eastwood, ou a recente Rapito (2023), de Marco Bellocchio.

O Cine 23 y 12, em Havana, acolhe todas as projecções; no hall, será possível ver a exposição de cartazes de cinema cubano «Memorias del Mundo por la Unesco», curada pela especialista Sara Vega juntamente com o Centro do Cartaz Cubano.

«O 65.º aniversário da Cinemateca de Cuba tem como objectivo celebrar a sua história, o trabalho e o esforço realizado para manter o património cinematográfico», destacou Castillo.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui