Num texto ontem publicado no portal do Conselho Mundial da Paz (CMP), a presidente deste organismo, Socorro Gomes, afirma que a chamada «farsa de San Isidro» manipula reivindicações legítimas de participação no aperfeiçoamento da democracia cubana para, na realidade, infiltrar nas suas propostas e manifestações a agenda «reaccionária e imperialista».
A também presidente do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) refere-se a um episódio recente ocorrido no bairro de San Isidro, em Havana, onde um grupo de pessoas levou a cabo uma alegada greve de fome, para conseguir que as autoridades libertassem um dos seus, que fora condenado a oito meses de privação de liberdade por «desacato às autoridades».
«Não faltam evidências» da ligação do «alegado "prisioneiro político"» ao «império», afirma Gomes, lembrando que entre os partidários «mais vocais» deste grupo nas redes sociais saltam logo à vista o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e o senador republicano Marco Rubio, «conhecido reaccionário e apoiante de golpistas», bem como o secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que recentemente «teve parte activa no criminoso golpe na Bolívia».
«As vozes revolucionárias no país que de forma legítima têm propostas para aquele aperfeiçoamento instam os defensores da democracia e da soberania, do socialismo e do progresso histórico» a não se deixarem enganar, lê-se no texto.
Revolução cubana, «um sendeiro de esperança»
O Conselho Mundial da Paz denuncia que Cuba e o seu povo estão sujeitos há já 60 anos a um bloqueio criminoso, económico e mediático, e, por isso, as conquistas do povo cubano «mostram-se ainda mais honrosas, pondo em evidência o firme carácter deste povo, a sua elevada consciência e imenso humanismo».
«É mais uma vez ultrajante o ataque a um país que tem oferecido aos povos de todo o mundo apoio e solidariedade, em empenho constante por fortalecer a cultura de paz, a amizade e o respeito entre as nações, enquanto o império leva a guerra e a destruição aos que não se submetem», afirma a presidente do CMP, sublinhando que «os povos vítimas da opressão e das políticas de destruição e morte têm na revolução cubana um sendeiro de esperança e no povo cubano um povo irmão, amigo aguerrido, culto e honrado».
A dirigente do Cebrapaz e do Conselho Mundial da Paz mostra-se convicta de que a revolução cubana «sairá mais forte e unida na consolidação de uma sociedade próspera e justa, uma sociedade socialista, independente e soberana», mesmo com todas as dificuldades impostas pelo bloqueio e pela actual conjuntura mundial.
«Nós, dos movimentos anti-imperialistas, da paz e da solidariedade internacional, como sempre, estamos ao lado do povo cubano», denunciando «nos mais firmes termos a ingerência imperialista e o oportunismo das forças antipatrióticas que, temos convicção, não lograrão render a sua própria nação», frisa o documento.
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