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Cuba significa «internacionalismo e justiça social», afirmam comunistas indianos

«Cuba é o ideal a que todos aspiramos, significa internacionalismo, justiça social e o melhor do ser humano», disse o comunista Arun Kumar, dirigente da Organização Paz e Solidariedade de Toda a Índia (Aipso).

Médicos das brigadas de saúde de Cuba (imagem de arquivo)
Créditos / dialogosdosul.operamundi.uol.com.br

Em nome do Partido Comunista da Índia (Marxista) – PCI(M) – e do Comité Nacional de Solidariedade com Cuba, Kumar destacou a resistência e o exemplo do povo cubano, numa mensagem de saudação pelo 65.º aniversário do triunfo da Revolução no país caribenho.

«Marcou o início de uma nova sociedade na Ilha, o 1 de Janeiro de 1959, quando Fidel Castro e o Exército Rebelde marcharam até Havana», disse, citado pela agência Prensa Latina.

O militante do PCI(M) e secretário-geral da Aipso destacou que, a partir de então, a sociedade e o povo cubanos passaram a lutar contra a «investida imperialista», que fez tudo quanto pôde para «tentar estrangular a Revolução e transformá-la na sua colónia».

Apesar de todos os seus esforços, Cuba resistiu a esses ataques e agora é considerada uma inspiração para todos os jovens deste mundo, «para todos aqueles que lutam por uma transformação revolucionária da sociedade», precisou.

«Cuba significa internacionalismo, Cuba significa justiça social, Cuba significa o melhor dos seres humanos, e é a isto a que todos aspiramos», disse.

Estudantes indianos valorizam resistência anti-imperialista e conquistas da revolução

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«Mantenham-se unidos na luta», disse Aleida Guevara em Calcutá

«Estejam sempre com o povo, independentemente das alturas a que possam chegar. Mantenham-se sempre em contacto com as massas», disse Guevara num encontro com estudantes na Índia.

Aleida Guevara num acto público em Calcutá 
Créditos / Newsclick

Aleida Guevara, filha do comunista e revolucionário cubano Ernesto Che Guevara, foi recebida, este sábado, por uma multidão, na sua maioria estudantes, na capital do estado indiano de Bengala Ocidental.

Os jovens juntaram-se na College Street, uma rua no centro de Calcutá, mostrando T-shirts e bonés com a imagem do comandante guerrilheiro argentino-cubano, refere o portal Newsclick.

«O calor e o entusiasmo do povo desta cidade continuam os mesmos com o passar dos anos», disse Guevara, que se emocionou ao discursar numa cidade a que regressou 24 anos depois e onde ainda deu uns pés de dança ao som da «Guantanamera».

A dirigente cubana, que realizou uma visita de dois dias a Calcutá no âmbito de um périplo mais vasto pela Índia, foi saudada por um coro de cem artistas, liderado pelo compositor Kalyan Sen Barat, que interpretou traduções para bengali de canções cubanas como «Guantanamera» e «Hasta siempre, comandante», composta pelo cubano Carlos Puebla.

Estudante em Calcutá com uma T-shirt figurando Che Guevara e segurando um cartaz a dar as boas-vindas, em inglês, a Aleida Guevara / prokerala.com

No dia anterior, sexta-feira, o sindicato de estudantes da Faculdade de Letras, liderado pela Federação dos Estudantes da Índia (SFI, na sigla em inglês), promoveu a realização, na Universidade de Jadavpur, de uma cerimónia de felicitações a Guevara e à sua filha, a economista Estefanía Guevara.

Ao intervir na cerimónia, Guevara aconselhou os estudantes a manter bem alta a bandeira da luta dos trabalhadores: «Estudem mais e lutem mais. Sejam bons profissionais nas vossas áreas. Nunca retrocedam. Estejam sempre com o povo, independentemente das alturas a que possam chegar. Mantenham-se sempre em contacto com as massas. Devem estar unidos na luta dos trabalhadores. Essa foi uma lição do Comandante Che Guevara.»

Aleida falava em castelhano e um dos estudantes da SFI ia traduzindo para bengali, enquanto tocava, em fundo, o «Hasta la victoria siempre».

Os estudantes responderam com palavras de ordem como «Inquilab Zindabad» – originalmente em urdu e que se pode traduzir como «Viva a Revolução» – e «El pueblo unido jamas será vencido».

Avanços da saúde em Cuba e desejo de cooperação com a Índia

Num encontro com médicos num hospital de Calcutá, no sábado, Guevara, que é médica, disse que Cuba proporciona os melhores serviços de saúde ao seu povo, incluindo a cirurgia e o tratamento do cancro, e que a Ilha deseja trabalhar com os médicos indianos para ajudar quem precisa no subcontinente.

«Apesar dos diversos obstáculos económicos, Cuba continua a proporcionar os serviços de saúde de melhor qualidade do mundo com igualdade de direitos a todos os sectores do povo e está à frente na descoberta de curas para diversas doenças, incluindo o cancro», disse.

«Os médicos e trabalhadores da Saúde cubanos trabalham em vários países e vão continuar a fazê-lo no futuro em solidariedade com os trabalhadores do mundo», sublinhou Guevara.

Aleida Guevara participa num acto organizado, em Chennai (Tamil Nadu), pelo PCI(M) e o Comité Nacional de Solidariedade com Cuba, a 18 de Janeiro de 2023 / india.postsen.com

A médica e dirigente cubana encontra-se na Índia há cerca de duas semanas. No estado de Tamil Nadu, Aleida Guevara e a filha foram calorosamente recebidas em Chennai, na passada terça-feira, pela população e pelos quadros locais do Partido Comunista da Índia (Marxista).

No dia seguinte, ambas participaram num encontro solidário com Cuba, no âmbito do qual foram denunciadas as extremas dificuldades que a Ilha enfrenta devido à imposição do bloqueio por Washington, refere The Indian Express.

Antes, a filha do Che esteve no estado vizinho de Kerala, onde participou na 13.ª Conferência Nacional das Associação das Mulheres Democratas de Toda a Índia (AIDWA, na sigla em inglês), em representação da Federação das Mulheres Cubanas.

Também no estado de Kerala, recebeu o prémio internacional KR Gouri Amma, que tem o nome da dirigente comunista Kalathil Parambil Raman Gouri, uma das mulheres mais destacadas do movimento de esquerda na Índia.

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Igualmente numa mensagem de felicitação pelos 65 anos do triunfo da Revolução, Mayukh Biswas, secretário-geral da Federação dos Estudantes da Índia (SFI; ligada ao PCI(M)), sublinhou a coragem do povo de Cuba na sua resistência ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos.

Condenando essa guerra económica, que classificou como «desumana», o dirigente estudantil comunista referiu-se também ao processo revolucionário da Ilha como uma «inspiração» na Índia, sobretudo para os jovens.

«Num tempo em que se faz a defesa do neoliberalismo», Biswas destacou o «modelo alternativo» de Cuba e as suas conquistas nas áreas da Saúde e da Educação, bem como a forma como avança na emancipação da mulher, dos trabalhadores e na luta contra o imperialismo, refere a Prensa Latina.

«É um guia também para todos os países do terceiro mundo como o nosso», disse o dirigente da SFI, que destacou ainda o apoio de Cuba às «causas justas do mundo» e a denúncia que tem feito do genocídio sofrido pelo povo palestiniano.

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