O número é avançado pela agência Prensa Latina, que se refere à participação de estudantes, profissionais, operários, famílias e grupos de solidariedade nas mobilizações massivas que tiveram lugar de uma ponta a outra do país caribenho.
Em Havana, cerca de 200 mil pessoas, de cinco municípios da capital, e mais de 1100 amigos de Cuba, sindicalistas e representantes de organizações de esquerda de 58 países juntaram-se na Tribuna Anti-imperialista para comemorar o Dia Internacional do Trabalhador.
Ali, na presença do líder da revolução cubana Raúl Castro e do presidente do país, Miguel Díaz-Canel, os habitantes da capital expressaram a sua oposição ao bloqueio imposto pelos Estados Unidos, que afecta a vida de mais de 11 milhões de cubanos, há mais de seis décadas.
Na ocasião, Ulises Guilarte de Nacimiento, secretário-geral da Central dos Trabalhadores de Cuba (CTC), referiu que o actual contexto socioeconómico do país é complexo e adverso, devido ao recrudescimento da política norte-americana de máxima asfixia, bem como pelas insuficiências internas.
Sublinhou que não existe um único sector que, em Cuba, não seja afectado pelo cerco económico, comercial e financeiro, que também incide na vida dos trabalhadores e no cumprimento do seu trabalho.
Nestas circunstâncias, afirmou que este dia de festa do proletariado mundial em Cuba era dedicado à heroicidade do povo cubano, que centra os seus esforços na recuperação económica como batalha fundamental.
Considerou urgente, neste cenário, que os trabalhadores maximizem o aproveitamento da jornada de trabalho e incrementem os produtos ligados às exportações e à produção de alimentos.
O dirigente sindical apelou ao trabalho para consolidar a empresa estatal socialista e, deste modo, garantir o crescimento da oferta de bens e serviços que favoreça a redução de preços.
Além disso, insistiu na importância do controlo e da fiscalização dos recursos, bem como em manter o combate incessante à corrupção, à indisciplina e às ilegalidades.
Solidariedade com o povo palestiniano
Guilarte deixou igualmente vincada a solidariedade com o povo palestiniano, tendo condenado em nome de todos os trabalhadores de Cuba o genocídio que as forças israelitas estão a cometer na Palestina.
Declarando que o Dia Internacional do Trabalhador coincide com o maior crime cometido contra o povo palestiniano, o dirigente sindical disse que «Cuba e o seu povo não permanecem indiferentes perante estas graves violações».
O país caribenho «manterá erguidas as bandeiras da solidariedade com o movimento sindical», disse, reafirmando em seguida o empenho da Ilha na batalha permanente contra a injustiça e a desigualdade, e pelo estabelecimento de uma ordem internacional mais justa e equitativa.
Um Primeiro de Maio com multidões por toda a Ilha
Em Santiago de Cuba, no extremo oriental de Cuba, Esteban Lazo, presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular (parlamento), presidiu a um desfile em que participaram cerca de 300 mil pessoas, na Praça da Revolução Antonio Maceo.
Nas palavras de abertura, Orlando Beltran, secretário provincial da CTC, disse que os trabalhadores manifestam a enérgica condenação dos bombardeamentos indiscriminados executados por Israel, que tiraram a vida a dezenas de milhares de palestinianos, na sua maioria mulheres e crianças.
Por seu lado, brigadas solidárias de França, Espanha, Alemanha e outros países condenaram o cerco económico, comercial e financeiro que impede o desenvolvimento das forças produtivas em Cuba, estimula a subversão política, a violência e a ruptura do compromisso dos cubanos com as suas instituições.
Na província de Camagüey, na Praça da Revolução da cidade homónima, milhares de trabalhadores também desfilaram em defesa da revolução cubana e para comemorar o 1.º de Maio.
Em Santa Clara, na região central da Ilha, trabalhadores e o povo em geral encheram a Praça Che Guevara, localizada no memorial que guarda os restos mortais do comandante argentino-cubano.
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